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Cidades/Geral
Quarta - 10 de Julho de 2013 às 08:32
Por: Kelly Martins

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Reprodução/TVCA
Chalana com 22 pessoas naufragou no Pantanal e nove morreram.
Chalana com 22 pessoas naufragou no Pantanal e nove morreram.
Após cinco anos do naufrágio de uma chalana no Pantanal mato-grossense, a Justiça Federal agendou para esta quarta-feira (10) a primeira audiência de instrução e julgamento no processo que investiga as causas do acidente, que provocou a morte de nove pessoas. Familiares de duas vítimas ingressaram com a ação contra a Marinha cobrando danos morais e materiais.


 
“É uma forma de levantar a probabilidade de que os culpados sejam punidos. Muitos anos se passaram e ainda não tivemos nenhuma posição ou resultado”, declarou o engenheiro eletricista Gianfranco Scarabottolo, filho de uma das vítimas. A mãe dele, Ana Marlene Scarabottolo, é uma das autoras da ação e busca a responsabilização da União e do proprietário da chalana, Semi Mohamed Said, no acidente que ocorreu na região de Porto Cercado, na cidade de Poconé, a 104 km de Cuiabá, no dia 9 de março de 2008.


 
De acordo com informações repassadas ao G1 pelos familiares, três sobreviventes do naufrágio e os dois autores do processo devem ser ouvidos, além do empresário dono da chalana. A audiência deverá ocorrer a partir das 14h. Entre os mortos na chalana estão sete turistas e dois tripulantes. O advogado do proprietário da chalana, Huendel Rolim Wender, informou que o seu cliente deverá comparecer à audiência.



Gianfranco Scarabottolo perdeu o pai no acidente e questiona o fato do inquérito policial ainda não ter sido concluído. Seria necessário que a chalana fosse retirada do fundo do rio para ser realizada uma perícia com o objetivo de tentar identificar as causas da tragédia. O delegado Rodrigo Bastos, da Delegacia de Poconé, disse que o laudo técnico se faz necessário para a finalização do inquérito.


 
Por outro lado, aponta que o estado contratou uma empresa há três anos para fazer a retirada da chalana, mas na ocasião os peritos verificaram que não tinha viabilidade técnica para executar o trabalho. “O laudo desse resultado eu ainda não recebi. Já encaminhei um ofício para a diretoria da Polícia Civil requerendo o documento para me posicionar oficialmente sobre o caso. Precisamos das provas técnicas para saber se houve falha humana ou de manutenção”, pontuou o delegado em entrevista ao G1.


 
Tragédia


 
Os sobreviventes disseram que a chalana, com 22 pessoas a bordo, estava navegando pelo Rio Cuiabá em direção ao Rio Piquiri, mas por volta das 4h do dia 9 de março começou a naufragar. Os turistas estavam em suas cabines e os tripulantes dormiam em aposentos próximos à casa de máquinas da embarcação.


 
Nos depoimentos, os sobreviventes declararam que a água começou a entrar pela parte traseira do barco. Em seguida, o barco inclinou e afundou no rio em cerca de 30 minutos. A chalana fazia a segunda viagem depois de passar por uma reforma geral e por inspeção da Marinha do Brasil.




Fonte: Do G1 MT

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