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Cidades/Geral
Segunda - 19 de Outubro de 2009 às 07:27
Por: Carlos Martins

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Cerca de 300 médicos participaram de uma manifestação na manhã de ontem em Cuiabá, no dia dedicado à categoria. Portando faixas de protesto, os médicos percorreram ruas centrais da capital e depois se concentraram na Praça Alencastro, em frente à prefeitura. Para os profissionais, o dia 18 de Outubro deveria ser de comemoração, mas serviu para denunciar a situação crítica que vive o setor de saúde na Capital.

O movimento reuniu desde futuros médicos - estudantes de medicina - até médicos renomados e veteranos, como o professor Gabriel Novis Neves, um dos fundadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e idealizador e professor da faculdade de Medicina da universidade. Durante o ato cívico na Praça Alencastro, o professor Neves disse que "perdeu a juventude, perdeu a saúde, perdeu a esposa, mas jamais perdeu a dignidade"."Não posso me calar sabendo que existe uma geração de jovens sendo massacrados", afirmou.

O movimento que envolveu os médicos começou logo pela manhã com um culto ecumênico no auditório da Unimed. O Dia 18 de Outubro marca os festejos do padroeiro São Lucas, patrono da Medicina. A passeata saiu por volta das 10h20 da Avenida Barão do Melgaço e passou pelas ruas Thogo Pereira, Joaquim Murtinho, Avenida Generoso Ponce, Avenida Getúlio Vargas e terminou na Praça Alencastro. Um caminhão de som levou líderes do movimento, entre eles os presidentes do Conselho Regional de Medicina (Arlan Azevedo Ferreira) e do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Luiz Carlos de Alvarenga).

Diante do impasse envolvendo os médicos e a prefeitura, que já está completando 50 dias com demissões de médicos do Pronto-Socorro de Cuiabá, os médicos decidiram levar seu protesto às ruas, denunciando a situação à população. Uma das faixas levadas pelos manifestantes, fazia alusão ao piso salarial: "Governador e prefeitos de Mato Grosso - o piso de referência para os médicos é o da Federação Nacional dos Médicos". Nova proposta estabeleceu um piso de R$ 3 mil, estendendo um prazo de 5 anos para que a prefeitura chegue ao piso nacional de R$ 8 mil. O prefeito Wilson Santos ficou de entregar uma contraproposta até terça-feira.

Estudantes do curso de Medicina da UFMT também participaram da caminhada e do ato cívico. Entre eles, 3 alunos do 2º semestre: João Ricardo Mendes Ramão, 20, Lucas Alcântara, 18, e Mariana Canevari, 18. "Estamos aqui lutando pela dignidade da nossa profissão e também por melhores condições de saúde para a população", disse Mariana.




Fonte: A Gazeta

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