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Quarta - 10 de Julho de 2013 às 06:57
Por: KAMILA ARRUDA/PRISCILLA VILELA

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Prefeito Percival Muniz é um dos que já se mostravam contrariados com diretrizes da nova sigla
Prefeito Percival Muniz é um dos que já se mostravam contrariados com diretrizes da nova sigla
O Partido da Mobilização Nacional (PMN) voltou atrás e desistiu da fusão com o Partido Popular Socialista (PPS) que resultaria na criação de uma nova legenda: a Movimento Democrático (MD). A Executiva Nacional da sigla não estaria satisfeita com o espaço que teria com a junção. 


 
Um dos principais idealizadores do MD em Mato Grosso, o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), já se demonstrava desanimado com a concretização do novo partido. De acordo com o socialista, a agremiação vinha sendo construída sem a bandeira “popular socialista”. 


 
“Defendi a fusão, mas com motividade. Perdemos a bandeira no nome. Para mim o PPS, Populista Socialista é perfeito, mas não sou contra a fusão”, pontua. 


 
Pelas contas, o MD teria em seu quadro 13 deputados federais, 58 estaduais, 147 prefeitos e 2.527 vereadores. Em todo o Brasil, seriam 683.420 filiados. 


 
A direção nacional ficaria dividida, com 40% dos cargos para o PPS e o mesmo percentual para o PMN. O restante ficaria aberto para a adesão de integrantes de outras legendas. A decisão de por fim a fusão resultou do entendimento de que há diferenças de conceitos e horizontes insuperáveis. 


 
Percival era um dos principais defensores da fusão, mas agora afirma que também fica satisfeito com o fato do PPS continuar intacto. “Se ficar o velho PPS, para mim, está de bom tamanho”. 


 
Caso fosse realmente implantada, a legenda seria presidida pela deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) em Mato Grosso. O convite foi feito a ela pelo próprio Percival, na época em que ele estava engajado com a criação da sigla. 


 
A desistência fecha uma janela para que os políticos que estão exercendo mandato eletivo troquem de sigla sem perderem seus cargos. Luciane lamenta o fato, uma vez que o partido já se mostrava “muito bem organizado no Estado”, segundo ela. 


 
“Infelizmente não irá mais acontecer. Essa nova janela dava a oportunidade para muitas pessoas que estão insatisfeitas com as linhas de seus partidos mudarem e buscarem ideias parecidas com as suas”, diz. 


 
Luciane trocaria de legenda por conta de uma discordância com o presidente estadual do PSB, deputado federal Valtenir Pereira. “Como não haverá mais o MD, vou propor uma reunião interna com as lideranças do nosso partido para ver como fica a nossa situação. Vamos ver se eles vão me dar o espaço que eu sempre pedi ou se vão me liberar para ir para outra sigla”, adianta. 


 
Além da insatisfação do PMN, o MD enfrentava outras dificuldades na criação. Isso porque, estava em processo de análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a situação dos militantes que possuem mandatos. A discussão, ainda não foi finalizada e gera impasse na Justiça Eleitoral. 


 
Politicamente, o MD seguiria a linha de oposição ao atual governo, sendo que, regionalmente, deveria apoiar a candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo do Estado. Já nacionalmente, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), poderia ser a aposta para uma candidatura a Presidência da República, no enfrentamento a Dilma Rousseff (PT), que deve tentar a reeleição.





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