Obama triplica para US$ 7,5 bi ajuda ao Paquistão
O projeto de lei foi criticado no Paquistão, mas o porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs afirmou que este projeto mostra de forma tangível o apoio dos Estados Unidos às instituições democráticas e ao povo paquistanês.
No entanto, de acordo com o correspondente da BBC em Washington Paul Adams, este pacote, cujo objetivo é fortalecer os laços entre americanos e paquistaneses, nos últimos dias ameaçou causar justamente o efeito contrário.
Militares e muitos políticos paquistaneses se manifestaram violentamente contra algumas condições impostas pelo pacote que, segundo eles, ameaçam a soberania do país.
Entre as condições estão checagens regulares para verificar se o Paquistão não está apoiando grupos militantes e se está trabalhando para desativar redes ilegais de proliferação nuclear, além de gastar adequadamente o dinheiro de ajuda.
Clima de inquietação
As críticas foram tão violentas, segundo o correspondente, que o ministro do Exterior paquistanês Shah Mahmood Qureshi, voltou às pressas para Washington, apenas uma semana depois de elogiar o projeto de lei.
Os líderes do Comitê de Negócios Exteriores do Senado americano divulgaram uma declaração explicando o que o projeto de lei pretende alcançar no Paquistão.
E, em uma reunião com Qureshi um dos líderes, o senador democrata John Kerry afirmou que o Paquistão não precisa se preocupar com nada e que o projeto de lei não precisa ser mudado. Kerry acrescentou que existe um "mal entendido" que precisa ser esclarecido.
Adams afirma que há em Washington um clima de inquietação a respeito da forma como a ajuda americana será gerenciada.
Em um memorando que vazou para a imprensa, um importante economista da Agência Americana para Desenvolvimento Internacional acusou o enviado especial do presidente Obama, Richard Holbrooke, de tentar gerenciar o pacote de uma forma que, segundo o economista, é extremamente contraproducente.
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