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Educação/Vestibular
Quinta - 15 de Outubro de 2009 às 16:26
Por: Mateus Leite

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O dia 15 de outubro amanheceu tumultuado em Alto Paraguai. Na data que marca o Dia dos Professores, eles acordaram cedo e foram para as ruas do município, para de forma organizada, realizar um manifesto pedindo melhores qualidades de trabalho, aumento no piso salarial, além de conclusão do plano de cargo e carreira – PCC - da classe.

Aproximadamente 50 professoras, munidas de vários cartazes, participaram da mobilização, que percorreu as principais ruas da cidade até chegar na Câmara Municipal, onde receberam apoio de alguns vereadores para, enfim, chegar a Prefeitura Municipal e ficarem frente a frente com o prefeito Adair José.

Lá, as representantes de todas as Escolas Municipais, recitaram seus principais pedidos e receberam um discurso nem tão animador do prefeito (ver boxe abaixo).

As principais reivindicações dos professores são a adequação do piso de R$ 950 para todos os professores, que hoje receber vergonhosos R$ 542,00. Direitos iguais aos professores contratados, que recebem atualmente R$ 499,00 e ainda sem ao menos ter uma data base para recebimento.

“Hoje já é dia 15 do mês e ainda não recebi. Como faço para pagar minhas contas? Não tem jeito! Trabalhamos todos dias, cuidamos dos nossos alunos e mesmo assim não temos o reconhecimento necessário” reclama a professora Erica Oliveira, que a 7 meses trabalha como contratada da Prefeitura.

Além disso os professores ainda cobram melhorias nas escolas municipais, pagamento de elevação de nível e o mais importante: a conclusão do plano de cargo e carreira.

Esse assunto já está em pauta desde janeiro desse ano, entretanto as discussões não avançam e quem perde, mais uma vez, é o professor.

Adair diz que novo piso, só quando município tiver condições

As professoras chegaram a prefeitura municipal munidas de um discurso embasado na lei do FUNDEB que obriga a administração pública a regularizar, no máximo até janeiro, o piso dos professores da rede pública em R$ 950,00.

Porém, receberam do prefeito Adair José a péssima notícia que o aumento para os professores só será dado quando, de fato, houver condições financeira.

Alegando falta de dinheiro em caixa, Adair fez até a política da boa vizinhança colocando a camisa das manifestantes, mas não agradou ninguém com o discurso de ‘entra com seis, sai com meia dúzia’.

“Nós não temos condições financeiras para fazer nada no momento. Estamos tentando colocar a casa em ordem para ai sim podermos ativar esse tão merecido piso aos nossos professores” disse.

Mera promessa.

Quanto a lei do FUNDEB, que de fato obriga o gestor a adotar o piso nacional, Adair jogou tudo água abaixo ao dizer às professoras que já consultou o Tribunal de Contas do Estado, e este o aconselhou a seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal, pagando primeiro todas as contas em dia, para depois pensar em aumentos.

Adair ainda prometeu um novo encontro com a classe em quinze dias, para avanços nas conversas do Plano de Cargo e Carreira, que depende da Câmara para aprovação.

Veremos onde tudo isso chegará.





Fonte: O Divisor

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