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Economia
Quinta - 15 de Outubro de 2009 às 09:51
Por: Alline Marques

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No auge da crise financeira mundial, momento no qual qualquer investimento seria arriscado e o mercado era um mar de incertezas, a direção da Renosa, franqueada da Coca-Cola em Mato Grosso resolveu ser arrojada e investiu R$ 60 milhões na ampliação e modernização da nova linha de produção, o que representará um acréscimo de até 30% na capacidade de fabricação de refrigerantes.

O vice-presidente da empresa, Leonardo Mello, lembrou que foi preciso muita coragem para implantar o moderno parque industrial de engarrafamento em Várzea Grande, cidade onde está instalada a fábrica. “Ser arrojado e empreendedor é bom e necessário”, destacou durante a solenidade de inauguração da nova linha, realizada nesta quarta-feira (14).

O dirigente adiantou ainda que os investimentos só foram possíveis devido o incentivo fiscal recebido pelo governo do Estado, por meio do Programa de Desenvolvimento da Indústria e Comércio, executado pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia.

Porém, na época, Melo também ficou preocupado com a falta de crédito que atingiu o mercado, mas tiveram “muita sorte”. O empréstimo foi feito através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e os equipamentos adquiridos de um fornecedor alemão com um preço em conta. A obra foi executada em seis meses pela Lotufo.

O vice-presidente fez questão de destacar que na fábrica há bem poucos profissionais atuando, porém a geração de emprego está na prestação de serviço. “Há cada um funcionário que deixamos de contratar aqui (fábrica) são contratados três na ponta final”, explicou. De acordo com Melo, a empresa deverá gerar cerca de 150 empregos na fábrica e outros 500 na prestação de serviço.

Atualmente, Mato Grosso é o segundo em consumo per capita do país do refrigerante, quando na década de 90 ocupava a 16ª posição. Este também foi um dos motivos que incentivou a empresa realizar o investimento no Estado.

Além de aumentar a capacidade de produção, a Renosa investiu em tecnologia e conseguiu usar equipamentos que reduz a utilização de água e energia, reforçando a responsabilidade social da empresa. Melo informou ainda que o novo sistema atrairá empresários de outros países para Várzea Grande com intuito de conhecer o funcionamento da fábrica.

Há também uma preocupação com a conscientização ecológica. A nova linha de produção da Coca-Cola em Mato Grosso amplia o número de garrafas retornáveis, o que representa a redução de CO2 na atmosfera.

O governador Blairo Maggi, que participou da solenidade, lembrou que “Mato Grosso até pouco tempo atrás não tinha indústria e nem produção agrícola e muito rapidamente se transformou em um Estado agroindustrial e industrializado". Ele ainda se mostrou surpreso ao saber que a empresa atende 20 mil pontos, duas vezes na semana. “Fico abismado com a capacidade que a empresa tem de atender o varejo. É mágico. Eu que sou empresário de outro ramo não entendo como isso é possível”, comentou.

Maggi também reforçou que o investimento só pôde se concretizar com o incentivo fiscal. Ele ressaltou que não existiria governo se não fossem as indústrias e produtores. “O governo existe porque a sociedade paga os impostos e cabe a ele fazer a melhor distribuição dos recursos”, finalizou.

O secretário de Estado de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, contou que a planta industrial iria para o Tocantins, mas com o incentivo concedido pelo Estado a direção mudou de idéia. Os incentivos é a redução do ICMS do produto que será industrializado concedido por 10 anos à fábrica.

Nadaf destaca ainda que o investimento de R$ 60 milhões é pequeno se comprado aos benefícios que a empresa traz para o Estado como a geração de emprego e renda. “Este valor acaba sendo triplicado lá na frente e é altamente positivo para o Estado”, reforçou.

O secretário de Fazenda, Eder Moraes, retrata o investimento como uma unidade da empresa que representa confiança no governo. "O Grupo Coca-Cola, graças à credibilidade do governo Blairo Maggi, ambiente para negócio e socialização da tributação, tem a boa vontade de investir no Estado", observou, para dizer que a empresa investiu em um contexto de a "economia apresentar algumas incertezas, no momento do mercado obscuro e de falta de crédito".

Além dos secretários Nadaf e Eder, acompanharam o governador na planta industrial a primeira-dama e secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Terezinha Maggi; o prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli; e o vice-governador, Silval Barbosa.





Fonte: Olhar Direto

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