Tufão Parma deixa mais de 300 mortos nas Filipinas
Autoridades das Filipinas aumentaram nesta terça-feira para 311 o número de mortos por causa dos deslizamentos e inundações causados pelo tufão Parma em sua passagem pelo norte da ilha de Luzon, na semana passada.
O Comitê Nacional para a Coordenação de Desastres informou que outras 48 pessoas permanecem desaparecidas --a maioria delas devido a deslizamentos de terra em pequenas aldeias situadas em zonas montanhosas da Província de Benguet, cerca de 250 quilômetros ao norte de Manila.
Segundo o balanço realizado pelo comitê, cerca de 6,8 milhões de pessoas foram afetadas pelos desastres desencadeados pelo tufão Parma e pelo Ketsana, que há duas semanas deixou 337 mortos, devido a inundações em partes de Manila e de Províncias vizinhas.
A presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, anunciou hoje a criação de uma comissão para supervisionar as tarefas de reabilitação das áreas atingidas e calcular a quantidade de ajuda financeira que o país solicitará à comunidade internacional através das Nações Unidas e do Banco Mundial.
"Assinei uma ordem executiva para a criação de uma comissão especial pública e do setor privado para que estude as causas, custos e ações que devem ser adotadas após os tufões e arrecadar recursos para a reconstrução", disse a presidente, no final de uma reunião com seu gabinete.
Autoridades filipinas estimam que o valor dos danos causados às infraestruturas é de cerca de 5 bilhões de pesos filipinos [cerca de R$ 186 milhões], aos quais se somam outros 18,4 bilhões de pesos filipinos [cerca de R$ 672 milhões] pela destruição de cultivos e recursos marítimos.
Uma equipe de especialistas da ONU foi nesta semana às áreas afetadas do norte de Luzon para avaliar os danos e recolher dados para elaborar um plano de ajuda.
"Estamos trabalhando com o governo para identificar as necessidades naquela área", disse o coordenador de operações de ajuda humanitária da ONU, John Holmes, em entrevista coletiva realizada em Manila.
Especialistas das agências internacionais identificaram a favelização como o principal fator destes desastres naturais que afetam o país, e que evidenciam o péssimo estado de suas infraestruturas, assim como a falta de preparação e meios da administração para responder a emergências.
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