Países ricos tiveram desempenho positivo em agosto, diz organização
Os indicadores compostos avançados da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) mostraram sinais de recuperação nas grandes economias do mundo desenvolvido com elementos que apontam para uma expansão em França e Itália, segundo dados referentes a agosto divulgados nesta sexta-feira.
O indicador referente ao conjunto da OCDE subiu 1,5 ponto em agosto, até os 99,2 pontos, mais próximo dos 100 que marcam a média de longo prazo. Na zona do euro, esse nível já foi superado (102 pontos).
Mais significativo para a análise da evolução, a progressão na zona do euro em doze meses foi de 4,1 pontos. No conjunto dos 30 países da OCDE, esse avançou ficou em 0,6.
França e Itália se destacaram pela recuperação conseguida em 12 meses --6,6 pontos para a primeira e 10,4 para a segunda--, o que levou a OCDE a uma perspectiva de "potencial expansão" do ciclo de crescimento econômico.
Os Estados Unidos registraram avanço de 1,6 ponto em agosto, até os 97,4, mas acumula um retrocesso também de 1,6 ponto em 12 meses.
O Japão é outro país que acumula perdas em doze meses (3,9 pontos), apesar da recuperação de 1,3 ponto em agosto, até os 97.
Fora da OCDE, as grandes economias emergentes também viram seus indicadores progredir em mais um mês, mas a um ritmo menor do que no mundo desenvolvido. O Brasil avançou apenas 0,4 ponto, até 98, o que significa 8,5 pontos a menos do que em agosto de 2008.
A Rússia ganhou 1,1 ponto em agosto, mas perdeu 10,2 pontos em um ano e se mantém com 94,3 pontos. A Índia progrediu 0,9 no mesmo mês, até 98,8, e apresenta um balanço ligeiramente positivo em 12 meses (0,1).
A OCDE é formada por: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia.
Chile, Eslovênia, Estônia, Israel e Rússia são candidatos a entrar no grupo. A organização ainda acompanha a evolução das economias de Brasil, China, Índia, Indonésia e África do Sul.
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