Moratória da carne: setor produtivo não aceita decisão bilateral
Reunidos na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), na tarde desta terça-feira (06), representantes da Federação, Imea, Acrimat e Ampa, fizeram ampla discussão sobre o documento assinado por empresas frigoríficas e a organização não governamental Greepeace, que estipula os critérios mínimos para operações com gado no bioma Amazônico, a chamada moratória da carne.
“Esta decisão bilateral não ajuda o produtor, o consumidor e muito menos a economia de Mato Grosso”, disse o presidente da Famato Rui Prado. Para ele, é estranho que o governo do Estado, compactue com tal medida, já que Blairo Maggi participou do ato de assinatura da moratória. “O governo estadual precisa estar do lado de Mato Grosso. Precisa respeitar o setor agropecuário que muito contribui com o desenvolvimento deste estado gerando riquezas, empregos e renda para os cidadãos mato-grossenses”, declarou.
Outra crítica do setor produtivo é em relação à exclusão do setor em qualquer tipo de discussão que antecedeu a assinatura. “Em nenhum momento os produtores ou suas entidades representativas foram chamados para a discussão. O setor ficou alijado deste processo e agora, mais uma vez, vai pagar por pecados que não cometeu” disse Normando Corral vice-presidente da Federação.
Para tentar amenizar a situação, o secretário de Meio Ambiente do Estado, Luiz Henrique Daldergan e o secretário chefe da Casa Militar, Coronel Alexander Torres Maia, foram até a Famato e participaram da reunião. Questionados, eles colocaram que na realidade o governo participou apenas como convidado no ato de assinatura.
De qualquer forma, está agendada para a próxima terça-feira (13), uma reunião entre representantes da Famato e entidades representativas do produtor com o governador Blairo Maggi, quando o assunto voltará a pauta.
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