MT atesta perspectiva de colheita maior de soja
O volume, se efetivado, será 1,2% maior que o da temporada 2008/09, quando, segundo a entidade, Mato Grosso produziu 17,4 milhões de toneladas. A área de cultivo deverá ser pouco superior a 5,86 de hectares, o que representará, se o plantio se concretizar, um aumento de 2,9% em comparação com os 5,70 milhões de hectares da temporada anterior. A nova projeção de área é 18 mil hectares maior que a apresentada há um mês.
A previsão de produção, por sua vez, foi a primeira divulgada pela entidade para o ciclo 2009/10. Como as chuvas chegaram antes do usual às lavouras de Mato Grosso - em vez de serem registradas com mais ênfase a partir do terço final do mês de setembro, as primeiras precipitações ocorreram entre o fim de agosto e o início de setembro -, o plantio de soja está em ritmo mais acelerado do que o registrado na temporada 2008/09. Até a primeira semana de outubro, o plantio já havia ocorrido em 4,7% da área que, segundo as estimativas, será ocupada pela oleaginosa. Na mesma época da safra anterior, a semeadura havia sido feita em apenas 2% da área total.
A perspectiva de produtividade, de acordo com a "probabilidade estatística" apontada pelo instituto, é de 50 sacas por hectare, na média. O número é 1,6% menor que a produtividade média de 50,9 sacas por hectare da safra 2008/09. Por conta de uma esperada colheita recorde de soja nos Estados Unidos, o plantio da safra brasileira ocorre sob a perspectiva de queda acelerada dos preços no momentos em que a colheita começar no Brasil. Esse fator ajuda também a explicar por que o plantio está mais acelerado em Mato Grosso, Estado que é o principal produtor nacional de grãos e também o que inicia a semeadura. E a cotação da oleaginosa no mercado internacional segue trilha cadente mesmo com fatores que poderiam levá-la para cima.
Os institutos de meteorologia preveem frio e chuva para áreas importantes de cultivo de soja nos EUA, o que tende a atrasar a colheita. Ainda assim, os contratos do grão para janeiro recuaram ontem 1,25 centavo de dólar, para US$ 8,9075 por bushel - o mesmo fator fez o preço do milho atingir seu maior patamar em oito semanas. A queda foi até modesta: ao longo do dia, a cotação chegou a descer a seu menor nível em seis meses.
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