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Saúde
Terça - 06 de Outubro de 2009 às 09:15

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Cientistas americanos anunciaram promissores resultados do teste de uma vacina que ajuda a tratar viciados em cocaína.

Especialistas da Escola de Medicina da Universidade de Yale e da Escola de Medicina Baylor testaram a vacina e descobriram que ela conseguiu impedir que 38% de um grupo de voluntários viciados obtivessem o "barato" desencadeado pela droga.

A vacina, que já vem sendo desenvolvida há 15 anos, estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos anticocaína, que impedem que a droga deixe a corrente sanguínea, bloqueando seu efeito no cérebro.

Depois de neutralizada, a droga tem suas moléculas quebradas no fígado por uma enzima e é expelida do corpo.

O estudo foi publicado na revista Archives of General Psychiatry.

Anticorpos

O estudo, que durou 24 semanas, analisou 115 pacientes dependentes de cocaína.

Desses pacientes, 58 receberam cinco injeções cada durante três meses. Os outros receberam injeções de placebo. Nem os pacientes nem os pesquisadores sabiam quem estava recebendo qual injeção.

Testes de urina realizados entre as semanas nove e 16 da pesquisa mostraram que 45% do grupo que tomou a vacina parou de consumir cocaína, contra 35% dos que tomaram o placebo.

Dos 55 participantes que completaram o estudo, 38% apresentaram níveis de anticorpos suficientes para combater a dependência da droga. Muitos deles pararam ou reduziram seu consumo.

Segundo os pesquisadores, o efeito da vacina depende do nível de anticorpos produzidos. Aqueles com altos níveis tiveram mais probabilidade de ficar longe da cocaína.

“Esse é o maior problema dessa vacina. É a primeira geração dela e ainda não cria anticorpos em todo mundo”, disse Thomas R. Krosten, da Escola de Medicina Baylor, que participou do estudo.

“Esse é um remédio para prevenir recaídas. Se você consumir a cocaína, não sentirá nada”, disse.

Segundo os pesquisadores, uma série de injeções seria necessária para acabar com o vício, já que os anticorpos permanecem no sangue por um curto período de tempo.





Fonte: BBC Brasil

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