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Educação/Vestibular
Terça - 06 de Outubro de 2009 às 07:36
Por: Ana Paula Bortoloni

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A reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) não abre mão da adesão ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) como forma única para ingresso na universidade, por ser considerada a maneira mais democrática. A reitora Maria Lúcia Cavalli Neder participa hoje, em Brasília, de uma reunião no Ministério da Educação, quando o ministro Fernando Haddad fará uma apresentação do novo modelo de aplicação das provas e da nova data do exame.

Conforme o vice-reitor Francisco Souto, a única possibilidade de recuo de adesão ao Enem é se o MEC não conseguir convencer quanto à segurança no processo. Ele justifica que a realização de uma nova prova, formulada pelo Coordenação de Exames Vestibulares (CEV), acarretaria em atraso no processo seletivo, além de gastos à instituição.

O posicionamento da reitoria da UFMT foi feito ontem a cerca de 300 vestibulandos, que fizeram um protesto pela manhã, apontando falta de credibilidade do exame, diante da descoberta de vazamento de informações da prova. Diante da insistência dos alunos, a reitora se comprometeu em reunir-se com eles na sexta-feira.

Para a estudante Natália de Castro Carvalho, 17, o governo federal demonstrou ser falho na aplicação da prova, devido a fraude descoberta às vésperas do processo seletivo. Ela diz que os estudantes aprovam o estilo da prova, mais elaborada, mas reprovam a aplicação. "A aplicação é conturbada, porque não tem estrutura de segurança".

Uma das líderes do movimento dos vestibulandos, ela aprova a possibilidade de uma reunião com a reitora na sexta, justificando que até lá os alunos terão a possibilidade de elaborarem os argumentos para convencê-la a recuar da adesão ao Enem. Contudo, os estudantes já admitem outra sugestão à reitoria. Na reunião, eles vão sugerir que o Enem seja aplicado apenas como primeira fase de seleção à UFMT, mas que os aprovados sejam submetidos a uma segunda prova, dissertativa. Alegam que a opção funcionaria como um "filtro" a mais para o vestibular.

"Desta forma, só seriam aprovados os candidatos realmente preparados, porque seriam obrigados a responder as questões e também diminuiria a concorrência com os alunos dos outros estados".

"Na minha opinião, se não houver garantias de que o Enem é seguro, então não deve ser usado nem na primeira nem na segunda fase, porque isso seria contraditório", argumenta o vice-reitor.





Fonte: A Gazeta

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