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Sindicatos e entidades de classe dizem que Estado gasta muito, mas serviços não tiveram a melhoria esperada no Sistema Único de Saúde (SUS)
MT empenhou mais de R$170 mi ao Ipas
Hospital Metropolitano de Várzea Grande e Farmácia de Alto Custo são geridos pelo Instituto Pernambucano de Assistência
Entre janeiro de 2012 e junho deste ano, o governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde(SES), empenhou R$ 179,6 milhões para pagar serviços de saúde prestados pelo Ipas(Instituto Pernambuco de Assistência e Saúde.
Responsável pela gestão de quatro importantes hospitais públicos, os gastos do Estado com a organização social (OS) subiu muito de um ano para o outro.
Durante o ano passado inteiro foram empenhados R$ 86,6 milhões, conforme registro do Fiplan (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças). Este ano, entre janeiro e junho, já foram empenhados R$ 93 milhões.
Os empenhos de 2012 foram quitados quase que em sua totalidade. Deste ano, entretanto, nem metade foi paga pelo governo. Dos R$ 93 milhões, cerca de R$ 38 milhões foram pagos até o início deste mês.
Ontem, o Comitê em Defesa da Saúde Pública de Mato Grosso, formado por sindicalistas, servidores públicos estaduais e entidades classistas, protocolou denúncia na Polícia Federal, Conselho Estadual de Saúde, Ministério Público e Tribunal de Contas.
De acordo com o Comitê, a transferência de unidades para as organizações sociais é um “derrame” de verbas públicas e não representou melhoria na qualidade dos serviços.
Otto Ten Caten, servidor público e membro do Comitê, destaca que o governo reclama da falta de recursos para a saúde, deixa as unidades sucateadas, mas destina montanhas de dinheiros à iniciativa privada quanto esta assume a gestão dos serviços. O Samu, cita ele, que não foi privatizado por conta dos protestos, hoje funciona precariamente.
ESTADO - O secretário estadual de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, disse que não há nenhum encaminhamento no sentido de excluir as OSS’s da gestão. O que está acontecendo no momento, diz, uma rediscussão do perfil de cada hospital e uma reavaliação sobre o que vem fazendo cada unidade transferida para organização social.
Conforme Mauri, o objetivo é fazer com que os hospitais regionais produzam mais, ou seja, realize mais atendimentos especializados e cirurgias, fazendo com que menos pacientes tenham que se deslocar de seusmunicípios em busca de atendimento nas unidades da Capital.
No entendimento do secretário, houve sim, melhora na assistência à saúde desde que as organizações sociais passaram a gerenciar serviços em Mato Grosso.
IPAS - O superintendente do IPAS no Brasil, Edemar Paula da Costa, diz que a denúncia contra as organizações social está sendo apresentada sem dados reais ou análise da qualidade dos serviços prestados. “Estão falando na base do achômetro”, dispara Costa.
Conforme o representante-chefe da entidade, não dá para comparar o que o Estado pagava antes, prestando com uma assistência de péssima qualidade, com o que se paga hoje à OSS. Costa destaca que o novo modelo de gestão da saúde contratado em Mato Grosso atende as exigências da Organização Mundial de Saúde(OMS).
Se dizendo disposto a abrir o debate entre os que se manifestam contra a gestão da OSS, o superintendente observa que dispõe de índices que comprovam que se as unidades em questão permanecessem sob o gerenciamento público o governo estaria gastando R$ 48 milhões a mais por ano.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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