Protestos contra Enem continuam
Os protestos contra a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única forma de ingresso na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) serão intensificados na segunda-feira (5), quando os organizadores se preparam para impedir o trânsito na avenida Fernando Corrêa da Costa. A estudante Gabriela Machado, 19, afirma que serão contratados ônibus para trazer alunos de algumas escolas públicas que querem participar e não têm dinheiro para pagar a passagem. Eles vão sair do Shopping 3 Américas e seguir em caminhada pela avenida Fernando Corrêa até a sede da reitoria na UFMT. Ontem, foi realizado um protesto, mas a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli, estava viajando.
Os alunos querem que a reitoria volte atrás na decisão de tornar o Enem como única forma de ingresso na universidade. Eles dizem que a prova perdeu a credibilidade com o vazamento das questões, informada na quinta-feira (1) pelo Ministério da Educação. O caso é investigado pela Polícia Federal.
Candidatas de Engenharia Civil e Direito, respectivamente, Jéssica Oliveira, 17, e Gaia Menezes, 17, afirmam que o vazamento deixou evidências da fragilidade do exame, que seria aplicado nacionalmente. "Quem garante que 45 dias depois não vai haver novo vazamento? Perdeu a credibilidade", afirma Jéssica.
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), em nota, afirmou que a instituição já previa a possibilidade de fraude no Enem. Diz que quando o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) aceitou a substituição do vestibular pela nota da prova, sabia que a Adufmat era contra.
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