Após prova vazar, empresa afirma que irá rever logística do Enem
Por volta das 19h, ela ainda estava reunida em Brasília com técnicos do Inep e executivos do Ministério da Educação, em reunião que começou às 9h desta sexta-feira. Mais encontros deverão ser feitos durante o fim de semana.
"Todos os critérios de segurança possíveis e estabelecidos foram adotados", disse Marques, que se recusou a comentar sobre a ausência de fiscalização da Polícia Federal durante a feitura, impressão e transporte da prova, como previsto no contrato firmado com o Inep.
"Existem aspectos formais do contrato que realmente gostaria de me eximir de abordar, isso é muito intrínseco da relação de contratante e contratado", afirmou.
Marques disse estar passando por um processo "doloroso e traumatizante" e que o consórcio também quer respostas, que só serão esclarecidas com a apuração da Polícia Federal.
Segundo a diretora, a empresa está à disposição da polícia para fornecer toda informação necessária. "O importante é que seja dada transparência. Não existe a intenção de sonegar fatos", afirmou.
Itana Marques pediu calma aos mais de 4 milhões de estudantes que fariam a prova neste fim de semana, e disse que o trabalho está sendo árduo para que o processo para uma outra prova seja retomado com credibilidade.
Polícia Federal
O presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, falou à imprensa que o Instituto foi avisado pela Polícia Federal de que não havia efetivo suficiente para acompanhar o processo da prova, e que a PF iria atuar apenas na "inteligência" do processo --ou seja, somente em caso de indício de grupos organizados atentando contra a segurança do exame.
Reynaldo informou que ainda não foi detectado em que etapa da elaboração do Enem a prova vazou, mas acredita que em breve o caso será resolvido.
"A gente está revendo todos os procedimentos, a polícia está investigando. Acreditamos que em breve chegaremos a uma conclusão, mas temos que esperar o fim das investigações", disse.
Membros do consórcio que cuidava do Enem e executivos do Ministério da Educação continuavam reunidos na noite desta sexta com técnicos do Inep para tratar de aspectos logísticos do exame e possíveis falhas no processo de elaboração, impressão e distribuição da prova. Segundo Reynaldo, as reuniões são técnicas e nenhum elemento contratual será discutido.
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