Indústria melhora estimativa do PIB e descarta queda para o ano
O principal motivo para a melhora da previsão, segundo a CNI, foi o desempenho do consumo das famílias, que cresceu 2,1% no segundo trimestre do ano, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais do que o previsto anteriormente. Segundo a instituição, "o consumo das famílias no segundo trimestre já superou por completo os impactos da crise e atingiu patamar recorde quando considerado o índice dessazonalizado (sem os efeitos de calendário e sazonais)".
O consumo interno é alimentado, na avaliação da CNI, pela maior concessão de crédito para pessoa física, pelo aumento da massa salarial (principalmente do setor público), os auxílios do governo para a baixa renda e as desonerações tributárias, como do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado). Para a CNI, o consumo das famílias crescerá 2,4% em 2009 ante 2008.
A CNI informou ainda que o desempenho econômico podia ser melhor, se os investimentos tivessem apresentado reação. "Mesmo com o crescimento da demanda, os investimentos ainda não se recuperaram", afirma a entidade.
Para a CNI, "os bons resultados recentes não significam que a crise está superada". O PIB industrial, mesmo tendo crescido no segundo trimestre ante o primeiro, ainda teve queda de 7,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, a queda é de 8,6% ante igual intervalo de 2008. Por isso, a previsão da CNI para o PIB industrial é de recuo de 4%. A projeção anterior, de junho, era de queda de 3,5%.
Comentários