Polícia Civil intensifica ações contra crimes ambientais em Marcelândia
A Polícia Judiciária Civil realizou na semana passada mais uma operação de repressão a prática de crimes ambientais, na região de Marcelândia (710 km ao Norte). Na ação, dois tratores usados na extração ilegal de madeira, motosserras e armas de fogo, foram apreendidos.
A operação foi realizada no sábado passado (26.09) em parceria com o IBAMA (Gerência de Sinop). A diligência ocorreu em uma área situada na região do Rio do Ouro, próxima ao Distrito de Analândia, a qual está em litígio na Justiça. Na ocasião um oficial de Justiça de Marcelândia se fazia presente com o objetivo de fazer a constatação judicial da gleba. Havia suspeita de que "grileiros" tomaram posse da área e estavam praticando a extração ilegal de madeira, não só da área em disputa mas também de propriedades vizinhas.
De acordo com o delegado Luiz Henrique de Oliveira, os invasores não foram encontrados no local, entretanto, deixaram para trás duas espingardas, uma delas de uso restrito (tipo escopeta). Ao longo da propriedade foram encontradas diversas "esplanadas" com toras à margem da estrada, prontas para carregamento, o que confirmou a suspeita de crime ambiental e furto de madeira.
Em uma propriedade vizinha, além de toras derrubadas, foram encontrado um trator CBT com lâmina, uma "Julieta" carregada com toras, e duas motosserras. O delegado Luiz Henrique, informou que cerca de 700 metros cúbicos da floresta foram devastados, com a derrubadas de toras de Itaúba e Peroba. “Apesar de ninguém ter sido preso em flagrante, todos os envolvidos estão sendo identificados e serão oportunamente indiciados por formação de quadrilha, posse de arma de fogo de uso restrito, furto qualificado e crime ambiental”, pontuou.
O trabalho iniciou no dia 18 de setembro, quando a Delegacia da Polícia Civil de Marcelândia recebeu denúncia de furto de madeira em uma propriedade rural situada no Distrito de Analândia do Norte. Os criminosos adentraram na área e já haviam derrubado aproximadamente 150 metros cúbicos de madeira, do tipo Cambará e Amescla. No local foram encontrados apenas vestígios deixados pelos criminosos, além de um trator CBT utilizado no manejo das toras. O trator foi apreendido e terá destinação dada pela Justiça.
Conforme o delegado Luiz Henrique de Oliveira, os criminosos além de não possuir autorização do órgão ambiental, agiam sem o conhecimento do dono da área, de modo que o furto também ficou caracterizado. A autoria até o momento é desconhecida, entretanto, foi ressaltada a apreensão de um dos instrumentos do crime, que agora terá destinação em favor da sociedade.
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