Falta de vitamina D aumenta risco de pressão alta
A pressão alta pode levar a problemas sérios de saúde, como acidente vascular cerebral e infarto. E, de acordo com uma pesquisa apresentada no último encontro da Associação Americana do Coração, que ocorreu na semana passada em Chicago, Estados Unidos, a deficiência de vitamina D em mulheres pode aumentar os riscos de desenvolver essa doença na meia-idade.
Para chegar a tal conclusão, os cientistas analisaram dados de 559 pacientes a partir de 1992, quando tinham de 24 a 44 anos. A pressão arterial foi conferida anualmente, até 2007. A medida do nível de vitamina D ocorreu em 1993.
As mulheres na pré-menopausa avaliadas com baixo índice da substância tiveram três vezes mais risco de apresentar hipertensão arterial sistólica (maior número da leitura da pressão) em comparação às com níveis normais.
"Esse estudo difere dos outros porque nós estamos olhando por 15 anos, um acompanhamento mais longo do que o de muitas pesquisas", disse a coautora Flojaune Griffin ao site Science Daily. De acordo com a profissional, não há um consenso sobre o consumo ideal de vitamina D. Alguns pesquisadores acreditam que a ingestão recomendada de 400 a 600 unidades internacionais (UI) diárias é inadequada e sugerem uma muito maior, de 1.000 a 5.000 UI.
Vale lembrar que a vitamina D tem papel importante na saúde dos ossos. Outros levantamentos recentes indicam que taxas inferiores em mulheres podem elevar as chances de terem alguns cânceres, além do impacto negativo sobre a função imunológica e doenças inflamatórias.
Entre as maneiras de buscar boas quantidades estão expor-se ao sol (antes das 10h e depois das 16h), incrementar as refeições (com alguns tipos de peixe, como salmão e sardinha) e apostar nos suplementos prescritos por médicos.
Hipertensão
Os adultos são os mais atingidos pela hipertensão, cerca de 30%, como informa a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Mais de 50% das pessoas na faixa da terceira idade têm pressão alta. No Brasil, a doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
As dicas de prevenção e controle da patologia são manter uma alimentação equilibrada, evitar a obesidade e o sedentarismo, medir a pressão pelo menos uma vez por ano, reduzir o consumo de álcool (se possível, abandoná-lo), deixar de lado o tabagismo e não se estressar. Vale lembrar que os hipertensos não podem parar o tratamento, que é para a vida toda.
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