Produção industrial mensal mostra recuperação
Produção de autoveículos registra crescimento de 5,4% e exportações apresentam melhora
Embora a previsão do Ipea para o resultado da produção industrial mensal de agosto de 2009 em relação ao mesmo mês do ano anterior seja de queda de 7,8%, os números mostram sinais de evidente recuperação. Dentre os indicadores setoriais, o destaque positivo ficou por conta da produção de autoveículos. “Após a pequena queda verificada no mês anterior, o setor voltou a registrar crescimento na margem, avançando 5,4% na comparação frente a julho, na série com ajuste sazonal”, informa Leonardo Mello de Carvalho, coordenador do Indicador Ipea de Produção Industrial Mensal, elaborado pela Diretoria de Estudos Macroeconômicos do instituto.
O mês de agosto também registrou importante recuperação das exportações, que totalizaram 45.358 milhões de unidades, refletindo, em parte, a pequena melhora apresentada por algumas montadoras norte-americanas. A produção de papel e papelão foi outro setor que contabilizou crescimento na comparação dessazonalizada e avançou 1,6% em relação a julho. Já o fluxo de veículos pesados em rodovias cresceu 0,4% frente a julho, na série com ajuste sazonal, caindo 3,9% na comparação interanual.
A produção industrial em julho registrou expansão de 2,2%, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Este resultado representou uma forte aceleração, uma vez que a produção cresceu, em média, 1,5% nos primeiros seis meses do ano. Com relação a dezembro de 2008, a indústria já acumula um avanço de 12%, igualando o patamar de fevereiro de 2007. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda de 9,9% foi a menor desde o mês de março.
O resultado positivo na margem se refletiu em todos os setores, com destaque para a produção de bens de consumo duráveis, com crescimento de 4,6% sobre junho. Vale citar também a categoria de intermediários, que registrou variação positiva pelo sétimo mês seguido. O avanço de 2% representou uma aceleração sobre o crescimento médio do primeiro semestre, que foi de 1,3%.
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