Papa diz que "Igreja tem muito a oferecer" à educação
O papa Bento XVI disse neste sábado, a bordo do avião que o levava à República Checa, que em todo o Ocidente existe um "problema de emergência educativa" e que a "Igreja Católica tem muito a oferecer" ao setor da educação.
Durante sua viagem, que terminará na próxima segunda-feira, Bento XVI disse que, para realizar este projeto, a Igreja deve "atualizar, concretizar e abrir sua grande herança", acrescentando que também tem muito a oferecer no campo da caridade.
Sobre sua terceira encíclica "Caritas in veritate", o pontífice disse que está "muito feliz" e que o documento tem como objetivo "incentivar uma discussão para que as coisas no campo econômico não continuassem como até agora".
Bento XVI acrescentou que é "necessário um novo modelo econômico responsável, tanto em nível de país" quanto em nível global, e afirmou que "a ética é primordial na economia, porque esta não funciona se não forem levados em conta os valores humanos da sociedade".
O papa ressaltou também que "integrar a ética na construção da economia é o grande desafio deste momento".
Além disso, disse que "a solidariedade deve ser mais forte que a lógica do lucro e que a responsabilidade em relação aos outros tem que ser mais forte que o egoísmo", e que "é preciso ir rumo a uma economia humanizada para o futuro".
Sobre a fratura no pulso que sofreu durante suas férias no Vale de Aosta, o papa disse que ainda não está totalmente recuperado, mas que consegue comer com a mão direita e, "o mais importante, escrever".
Acrescentou que está escrevendo a segunda parte de seu livro Jesus de Nazaré e que agora se encontra trabalhando na bibliografia e espera poder acabar no primeiro semestre do próximo ano.
Bento XVI disse que chega à República Checa com uma mensagem de esperança para um povo que sofreu muito durante a ditadura comunista, e disse que o comunismo fez amadurecer o conceito de liberdade do povo tcheco.
O papa afirmou que "a liberdade não é libertinagem nem arbitrariedade, e que, nesta época, os tchecos não devem perder o conceito dessa liberdade que amadureceram nos duros anos da ditadura".
Além disso, insistiu em que a Igreja Católica pode contribuir para o bem comum da República Checa, já que, embora neste país os católicos sejam minoria (não chegam a 30%), têm uma herança muito rica em valores e é uma realidade muito viva que deve estar presente na sociedade.
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