Senado deve demitir amanhã ex-namorado da neta de Sarney
Funcionário do Serviço Médico do Senado, ele foi contratado por meio de um ato secreto para trabalhar na Diretoria Geral, mas acabou deslocado de função. O responsável do setor que Bernardes trabalha pediu que ele fosse mantido, mas, por intermédio de assessores, Sarney informou que vai exonerar o servidor em ato que será publicado no boletim administrativo de pessoal. Sarney decidiu pela exoneração do ex-namorado de sua neta para evitar desgastes políticos.
A Folha Online apurou que, dos 79 atos secretos que nomearam servidores para o Senado, 65 já foram revalidados pela Diretoria Geral do Senado --dos quais 45 foram divulgados. O ato de nomeação de Henrique Dias está entre os 20 que ainda não foram divulgados pela Casa. Ainda faltam outros 14 que estão sendo analisados pela Diretoria Geral para definir se serão, ou não, revalidados.
Em entrevista à Folha Online no início de julho, o servidor disse que trabalha oito horas diárias e não demonstrou constrangimento com a divulgação dos áudios da Polícia Federal que indicariam que o presidente do Senado negociou sua contratação.
Em julho, ao se defender das acusações de que usou ato secreto para nomear parentes no Senado, Sarney minimizou a denúncia, mas disse que não podia negar o pedido de uma neta.
"Acusam-me de favorecer um namorado de minha neta por ato secreto. Nos trechos de diálogos de maneira ilícita, verifica-se que se tratam de conversas coloquiais entre familiares, que nada têm em um processo em segredo de Justiça e pela lei deveriam ser eliminados. Não há nelas qualquer palavra minha em relação a nomeação por ato secreto. É claro que não existe um pedido de uma neta, se pudermos ajudar legalmente, que deixemos de atender", afirmou.
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