Bispos do Brasil reprovam troca de ofensas entre Minc e Puccinelli
"Isso sobretudo quando estamos tratando da coisa pública. Um palavrão não pega bem na boca de ninguém. Mas o cuidado deveria ser maior ainda quando se trata de assuntos que dizem respeito a toda a sociedade. Como muitos brasileiros, eu fico chocado quando vejo esse tipo de coisa", afirmou.
O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, evitou polemizar a troca de acusações entre Minc e Puccinelli --mas manifestou sua contrariedade ao episódio. "Eu deixo por conta dos temperamentos às vezes exaltados ou da discussão acalorada. Não sou eu que vou ficar vigiando as discussões para ver se estão respeitando as regras de discussão pública."
O governador disse na terça-feira que Minc era "veado" e "fumava maconha". Ele afirmou ainda "ia correr atrás dele e estuprá-lo em praça pública" se o ministro fosse a Campo Grande (MS). Em resposta, Minc afirmou ontem que Puccinelli deveria analisar melhor o homossexual que há dentro dele.
"Ele [Puccinelli] deve fazer uma análise mais profunda da declaração dele sobre o estupro em praça pública e examinar e tratar com mais carinho o homossexualismo que existe dentro dele próprio e talvez aceitar isso com mais razoabilidade", disse Minc.
Na terça-feira, o governador de Mato Grosso do Sul pediu desculpas em nota encaminhada a Minc. "Quaisquer outros desdobramentos devem ser entendidos como inapropriados e, na hipótese de terem gerado ofensa ao ministro, o governador do Estado de Mato Grosso do Sul apresenta seu pedido de desculpas", diz a nota.
Hoje, o ministro negou que tenha respondido na mesma moeda a troca de ofensas com o governador de Mato Grosso do Sul. Minc disse que está "chocado" com o episódio e que saiu em defesa dos homossexuais. Disse esperar que os eleitores de Mato Grosso do Sul façam justiça. Segundo o ministro, Puccinelli não tem condições de ocupar um cargo público.
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