Crime ocorreu em janeiro de 2011, no bairro Jardim Glória, em Várzea Grande
Após 2 anos, policial civil é suspensa por matar marido

O governador Silval Barbosa (PMDB) determinou a suspensão, por 90 dias, da investigadora  Maria do Carmo da Costa e Silva, 67, da Polícia Judiciária Civil. 

 

A agente é acusada de matar a tiros o marido, José Petrúcio Leandro da Silva - então com 52 anos -, no dia 9 de janeiro de 2011.

 

As informações constam na edição do Diário Oficial do Estado. 

 

O crime ocorreu na residência do casal, no bairro São Matheus, em Várzea Grande, e foi alvo de inquérito policial instaurado pela delegacia do bairro Jardim Glória.

 

O inquérito foi anexado ao Processo Administrativo Disciplinar que analisa a conduta da investigadora e, segundo a publicação, confirmam a autoria, materialidade e a circunstância em que ocorreu o crime.

 

Consta na publicação que o homicídio se deu após uma “discussão acalorada” do casal, motivada pela “ingestão de bebidas alcoólicas”.

 

A investigadora teria alegado que se sentiu “ofendida pelas palavras agressivas” ditas pelo marido. 

 

Após atirar na cabeça do marido, Maria do Carmo permaneceu no local e foi presa e autuada em flagrante delito pelo crime de homicídio.

 

 

A determinação da suspensão das atividades se trata de uma resposta à um recurso interposto pela defesa da investigadora junto à Corregedoria da Polícia Civil, que iniciou as investigações.

 

“Após a análise dos autos e atento à recomendação exarada no parecer da Procuradoria-Geral do Estado, que acolho na íntegra, nego, assim, provimento ao Pedido de Recurso Hierárquico, e determino a aplicação da pena de suspensão por 90 dias”, diz trecho da publicação assinada pelo governador.

 

A penalidade foi aplicada por restar comprovada que a investigadora descumpriu incisos dos artigos 219 e 220, da Lei Complementar 407/2010 – que dispõe sobre a organização e o estatuto da Polícia Civil.

 

 

Os artigos se referem aos deveres do policial civil e à prática de fato definido como crime.