Melhor cidade de Mato Grosso é só a 262º do Brasil

A população de Lucas do Rio Verde pode comemorar. O município é a melhor cidade de Mato Grosso para se morar, segundo a pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), sobre Índice de Desenvolvimento Municipal, o IFDM. Considerado município-modelo, a cidade já ocupava lugar de destaque no ranking dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, com 0,818, considerado elevado. A renda per capita da cidade é de R$ 32,5 mil e o Produto Interno Bruto é de 886,8 milhão, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A cidade ainda tem dado bons exemplos: recentemente, o prefeito mão de 100% dos salários – assim como o vice – porque houve queda na arrecadação.

Apesar desse desempenho, o IFDM mostra que a política de investimentos públicos ainda está muito aquém. Levando-se em consideração as variáveis de geração de emprego e renda, educação e saúde, a primeira cidade de Mato Grosso só é a 262ª colocada no “ranking” geral. Isso mesmo. Algumas cidade que estão a frente de Lucas do Rio Verde: Itapiranga, em Santa Catarina, Marechal Cândido Rondon, no Paraná, Poços de Caldas, em Minas, Mirandópolis, em São Paulo, Piraí, no Rio de Janeiro, Novo Bassano, no Rio Grande do Sul, Crixás, em Goiás, e por ai vai.

Deixando esse detalhe de lado, Lucas do Rio Verde se se desenvolveu muito rápido – o que torna seus numeros mais surpreendentes. No final dos anos 90 a cidade não era servida de rede de energia elétrica, possuindo apenas motores geradores a óleo para o abastecimento da cidade. A população é predominantemente sulista, mas com a divulgação dos prodígios econômicos das monoculturas pessoas de outras regiões do país migraram para a cidade. Mas não havia mais "terras sem dono". A opção dos migrantes paraenses, maranhenses e matogrossenses foi trabalhar nas fazendas. A mecanização da agricultura permite mais rapidez na colheita e plantio, mas reduz a quantidade de mão de obra empregada.

Atualmente município passa por uma profunda transformação, com a agro industrialização, o que atrai uma grande quantidade de pessoas que buscam trabalho, entretanto o muito alto custo de vida, principalmente aluguel e alimentação, tem dificultado a vida dos novos moradores.

Depois de Lucas do Rio Verde, a segunda melhor cidade em investimentos na qualidade de vida é Cuiabá: 393º no “ranking” nacional do IFDM. Só para citar algumas que ficaram a frente de Cuiabá quando o assunto é geração de emprego, educação e saúde: Canápolis, em Minas, Pereiras, em Sâo Paulo, Garibaldi, no Rio Grande do Sul, São Mateus do Sul, no Paraná, Serafina Correa, no Rio Grande do Sul, Anápolis, em Goiás, entre outras. Campo Grande, de acordo com o levantamento, é a primeira colocada de Mato Grosso do Sul, e está em 150º, ou seja, 243 posições a frente.