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Cidades/Geral
Quarta - 19 de Agosto de 2009 às 07:14
Por: Nadja Vasques

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Nove dos 15 municípios monitorados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o equivalente a 60%, estão com a qualidade do ar que varia entre regular e má. No pior cenário, significa dizer que toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta, e ainda falta de ar e respiração ofegante. É o caso de Juara (709 km a médio-norte da Capital).

Na melhor das hipóteses, se a situação for regular, grupos sensíveis, entre eles crianças, idosos ou pessoas com doenças respiratórias e cardíacas, podem apresentar tosse seca e cansaço. Nessa situação estão Cáceres (225 km a Oeste), Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte), Diamantino (208 km a Médio-Norte) e Sinop (500 km ao Norte).

A qualidade inadequada do ar, verificada em Juína (735 km a Noroeste), Sorriso (420 km ao Norte), Colíder (650 km ao Norte) e Campo Novo do Parecis (396 km a Noroeste), coloca toda a população sujeita a tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas sensíveis podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.

Nos municípios onde a qualidade do ar foi considerada boa, como Alta Floresta (803 km ao Norte), Vila Rica (1.259 km a Nordeste), Barra do Garças (509 km a Leste), Rondonópolis (212 km ao Sul), Cuiabá e Várzea Grande não há riscos para a população.

São as queimadas as principais poluidoras do ar em Mato Grosso, como explica o gerente de Laboratório e Ensaios da Sema, Sérgio Batista de Figueiredo. Parte dos municípios com qualidade do ar ruim são os que registram os maiores focos de incêndio no Estado desde o período proibitivo de queimadas - que teve início em 15 de julho até ontem (18). Um deles é Campo Novo do Parecis, responsável por 451 focos dos 6.295 verificados no período em todo o Estado. Também se encaixa nesse grupo Tangará da Serra, com 250 focos.

Mas há outros casos, como Colíder, que embora esteja com a qualidade do ar inadequada sequer aparece no ranking das queimadas. Nesses casos, Sérgio explica que os poluentes liberados com as queimadas sobem e percorrem às vezes longas distâncias pela atmosfera, até serem depositados em outro lugar.

Como exemplo ele cita Cuiabá, que já teve a qualidade do ar comprometida por queimadas ocorridas na região do Araguaia. "Cuiabá é um vale e apresenta condições propícias para acumular fumaça".





Fonte: A Gazeta

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