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Segunda - 17 de Agosto de 2009 às 09:03

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Uma gargalhada quebra o silêncio no amplo salão de festas do apartamento de Felipe Massa na zona sul de São Paulo.

Autor da risada, o piloto da Ferrari entra pela porta principal da sala acompanhado pela mulher, Raffaela, e por Stefano Domenicali, chefe da equipe, que fez uma visita de última hora.

"E aí?", pergunta Massa, que sofreu um grave acidente no treino de classificação para o GP da Hungria e passou dez dias internado no Hospital Militar de Budapeste.

Daquele sábado, o piloto tem poucas recordações. A maior delas exibe acima do olho esquerdo, local atingido pela mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello. Uma cicatriz grossa, ainda vermelha, que vai de cima da sobrancelha até a têmpora.

Os pontos já não existem mais, mas as marcas ficaram. Sete em cima e outras sete abaixo do corte. A pálpebra ainda permanece um pouco inchada, e a parte inferior do olho está ligeiramente roxa. E só.

"Estou me sentindo normal. Não posso fazer exercício ainda porque os médicos dizem que esse é o jeito mais rápido de eu melhorar", explica Massa, que voltou ao Brasil há duas semanas e tem gastado seu tempo na frente da TV, do computador e agora brincando com o "Guitar Hero", jogo de videogame que ganhou do amigo Barrichello.

"Eu até consegui tocar uma música, mas é bem difícil. Como não sou de comer muito, tenho me alimentado normalmente pra tentar manter o peso e fico fazendo essas coisas, que são legais, mas não quando você faz por muito tempo."

A noção de tempo aliás, é algo a que Massa tem tentado se readaptar. Acostumado com velocidade, sabe que, agora, precisa ter calma. Não só para se recuperar totalmente como também para suportar a ideia de ainda não ter uma previsão de quando poderá pilotar.

"Não sei dizer quando vou correr de novo. Me sinto bem, mas não sei se conseguiria guiar um carro de F-1 por causa da vibração", disse o ferrarista com sua camiseta polo branca com o pequeno cavalinho vermelho de sua equipe no peito.

"Às vezes mexo a cabeça pra ver como estou me sentindo, e me sinto bem. Mas sinto um pouco a cicatriz ainda e sei que não estou 100%. Estou muito bem, melhorei muito e pra mim estou chegando perto, mas ainda não estou 100%."





Fonte: Folha de S.Paulo

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