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Sábado - 06 de Julho de 2013 às 13:57

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O deputado José Riva (PSD) aproveitou o protesto dos prefeitos na Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) para dar um ultimato, em público, ao governador Silval Barbosa (PMDB) pelo fim do atual modelo de gestão da Saúde, realizado através de Organizações Sociais (OS). Ele ainda ressaltou o fracasso do sistema e afirmou que a terceirização dos serviços públicos é uma forma de admitir a incompetência do governo.


 
“Eu espero que haja uma revisão no modelo. Eu disse ao governador que foi uma tentativa. A partir do momento em que ele instituiu o sistema de gestão através das OSS era no sentido de melhorar, mas se não melhorou, nós temos que ter a humildade de rever esse modelo”, disse o presidente afastado da Assembleia Legislativa.
 


 
“Nós temos é que trabalhar para aperfeiçoar o serviço público. Temos servidores competentes, temos é que ter coragem pra isso”, avaliou Riva, usando um típico discurso de esquerda, várias vezes repetido, por exemplo, pelos deputados Alexandre César (PT) e Ademir Brutto, ferrenhos opositores das OS.


 
Em seu discurso, o governador Silval Barbosa disse que não vê dificuldades em rever o modelo de gestão e apontou melhorias no atendimento em nos hospitais regionais em Cáceres e Rondonópolis. “Querem rever as OSS, podemos discutir. Mas a questão é: que modelo iremos adotar?”, indagou o governador. 


 
O Governo de Mato Grosso trabalha com as Organizações Sociais de Saúde desde 2011. O Hospital Metropolitano de Várzea Grande foi a primeira unidade hospitalar do estado gerida por um OS, no caso o Instituto Pernambucano de Assistência a Saúde (Ipas), inaugurado em agosto daquele ano.


 
O mesmo Ipas, em 2013, se tornou um dos pivôs do escândalo dos remédios vencidos na farmácia de alto custo de Mato Grosso. O instituto também ganhou a concorrência pública para gerenciar a unidade aonde dezenas de caixas de medicamentos perderam o prazo de validade parados no estoque.


 
Desde a implantação do modelo, que foi estendido aos Hospitais Regionais e para a farmácia de alto custo, surgiu uma movimentação da sociedade civil organizada contra as Organizações Sociais. Os vários grupos que integram a “Frente de Luta Contra as OS” usam exemplos de outros estados onde as organizações sociais se tornaram sinônimo de corrupção.


 
A Frente de Luta saiu às ruas e recolheu as assinaturas necessárias para apresentar um projeto de lei popular que prevê a extinção do uso das OS na administração pública de Mato Grosso. Depois do escândalo dos remédios vencidos, vários deputados passaram a ver com bons olhos o PL “anti-OS”, entre eles a bancada do PSD. 


 
Contudo, pedidos para a realização de audiências públicas em todas as cidades onde existem hospitais gerenciados por uma organização social de saúde antes de ser feita a votação paralisou a tramitação da matéria.





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