Governo reforça investimentos para melhorar logística operacional do Gefron

A preocupação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, em assegurar mais investimentos para melhorar o policiamento na região de fronteira de Mato Grosso se traduz nos inúmeros veículos recuperados, antes que possam ser trocados por drogas na Bolívia, e nos números entorpecentes apreendidos em toda a fronteira, oriundos da Bolívia.

Em cinco anos de atuação em Mato Grosso, o Grupo Especial de Fronteira levou ao incremento de 1.000% no volume de veículos recuperados, 3.300% no volume de drogas apreendidas e 400% no número de armas apreendidas na zona de fronteira do Estado de Mato Grosso.

Para reforçar o policiamento e assegurar melhores condições de trabalho aos servidores da segurança pública que atuam na região, nos postos do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron), o Governo do Estado adquiriu equipamentos como barco, ônibus e mais uma aeronave de asas rotativas, além de reformar as bases fixas do grupo, troca de veículos e novos fardamentos.

Apenas nessa logística operacional para a atuação do Gefron estão sendo investidos R$ 7 milhões. O novo helicóptero, um modelo Esquilo B3, com kit aeromédico e farol de busca e cuja licitação já foi concluída pelo Governo, será operado pelo Centro Integrado de Operações Aéreas do Estado (Ciopaer). A aquisição da aeronave é um dos projetos da Secretaria de Justiça e Segurança Pública aprovado pelo Ministério da Justiça que prevê investimentos em ações de combate a prevenção à criminalidade em diversas regiões do País.

“A intenção do Estado é assegurar ações permanentes na região de fronteira fortalecendo o combate ao tráfico de drogas, principalmente. Com essa nova aeronave teremos um suporte maior no policiamento fronteiriço, com respostas mais rápidas e intensivas”, assegurou o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado Filho.

O Gefron trabalha em uma faixa que vai de Cáceres a Comodoro, com postos fixos e barreiras móveis de fiscalização instalados nos municípios de Cáceres e Porto Esperidião - Vila Cardoso, Matão, Avião Caído e Barreira do Limão). Além disso, os policiais também trabalham em mais 10 pontos ao longo da fronteira em esforço conjunto com técnicos do Indea e Ministério da Agricultura na operação “Contendo a Aftosa”.

APREENSÕES - Apenas nos primeiros seis meses deste ano, em torno de 195 quilos de drogas como maconha e pasta base de cocaína foram apreendidos em fiscalizações de rotina nos postos fixos e móveis do Grupo Especial de Fronteira (Gefron). A vulnerabilidade da fronteira Oeste do País justifica a presença de uma força especializada em atuar no combate ao principal crime que fomenta de forma direta ou indireta inúmeras outras ocorrências criminais: o tráfico de drogas.

Outro crime que fomenta o tráfico de drogas é o roubo de veículos, especialmente aqueles que encontram mercado favorável em território boliviano como moeda de troca por entorpecentes. De janeiro e junho deste ano, o Gefron já recuperou 41 veículos entre carros de passeio, camionetes, utilitários, caminhões, motos, máquina agrícola, carreta e até um guincho.

Entre os carros de passeio recuperados estão 4 Honda Civic, um modelo bastante visado para roubo ‘sob encomenda’, cuja troca por droga é antecipadamente acertada, conforme alertam policiais do grupamento. Outros modelos também visados para roubo e troca na Bolívia são camionetes modelos Hillux e L-200.

Desde que o grupamento, uma força integrada que reúne profissionais das Polícias Militar e Civil de Mato Grosso, começou a trabalhar na região em 2004, em uma faixa de fronteira com 983 quilômetros, dos quais 25% é de área alagada, e que separa vários municípios mato-grossenses da Bolívia, mais de uma tonelada de entorpecentes foram apreendidos.

A fronteira terrestre brasileira corresponde a 27% do território nacional em 11 Estados da federação. Numa faixa de 150 quilômetros de largura ao longo de 16.886 quilômetros de extensão, 10 países são abrangidos, sendo 7.363 quilômetros em linha seca e outros 9.523 quilômetros de rios, lagos e canais, conforme dados do IBGE do ano de 2008.