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Agronegócios
Quarta - 05 de Agosto de 2009 às 15:05
Por: Rosana Vargas

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No período de 1996 a 2008 o rebanho de Mato Grosso cresceu 66%, saltando de 15,1 milhões de cabeças de gado para 26 milhões em 2008, porém, a área total de pastagem aumentou apenas 18%, passando de 21,8 milhões de hectares para 26 milhões. Esses dados fazem parte de um levantamento encomendado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, à empresa SSBR (Synoptika Solutions Brasil), sobre as áreas de pastagem de Mato Grosso no período de 1996 a 2008. “Isso demonstra que o pecuarista mato-grossense busca um caminho para uma produção sustentável, mas baseada nas questões ambientais, econômicas, sociais e até culturais”, disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Acrimat, Vicente Falcão. Ele diz ainda que “seremos intransigentes na defesa do pecuarista, não vamos aceita que apontem o produtor como vilão no processo de desmatamento, pois mudaram as regras no meio do jogo, sem avisar os participantes. Hoje o pecuarista está se dedicando mais aos assuntos da porta pra fora de sua fazenda do que da porteira pra dentro”.

Foi anunciado ontem, que o governo do estado de Mato Grosso deu início a uma ação, juntamente com uma Organização Não Governamental (ONG) e uma indústria frigorífica, para a formatação de um plano de monitoramento da pecuária visando evitar o desmatamento da região Amazônica. “Parabenizamos a iniciativa do governo estadual e a Acrimat é favorável a qualquer tipo de parceria para que se fortaleça a conscientização da preservação ambiental. Mas, esperamos que a ONG venha conversar sem armas nas mãos, sem acusações, pois queremos resolver um problema que diz respeito a todos os brasileiros e não só aos pecuaristas. Um problema que foi criado pela própria ausência do governo federal”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

A Acrimat criou uma comissão só para tratar das questões ambientais e está desenvolvendo diversas ações junto aos associados como forma de encontrar soluções viáveis para as inúmeras regras internas e externas imposta no processo de produção do gado. “O pecuarista é o maior interessando em trabalhar dentro das regras legais e por isso exigimos mais respeito no trato com o produtor. Esperamos que essa iniciativa capitaneada pelo governo de Mato Grosso, chegue à base e não fique só nas instituições que não fazem parte do processo de criação do boi. Precisamos ser ouvidos sempre, pois essas medidas impactam diretamente na produção do gado e o que geralmente acontece é que as regras são discutidas antes com indústrias e ONGs, esquecendo quem produz. Esse processo tem que ser invertido”, complementou Vicente Falcão.





Fonte: Agronotícias

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