Acusada de chefiar quadrilha está livre
Está em liberdade Nilda da Silva Alves, acusada de liderar uma quadrilha que praticava crimes ambientais em Mato Grosso. A liminar em habeas corpus foi concedida pelo desembargador Rui Ramos. Ela teve a prisão decretada durante a Operação Pinóquio, da Polícia Civil, mas já respondia processo por outro crime da mesma natureza.
Na primeira vez que teve a prisão decretada, durante a Operação Guilhotina, Nilda ficou quase um ano foragida, mas depois conseguiu alvará de soltura. O advogado Paulo Fabrinny argumentou que seria incoerente ela responder a um processo presa e a outro em liberdade, já que são crimes da mesma espécie (ambientais), praticados no mesmo ano, em 2006.
Outro argumento do advogado é que, desde a soltura dela, em março de 2009, ela não havia cometido qualquer crime que justificasse uma prisão.
O Ministério Público denunciou as 22 pessoas indiciadas pela Polícia Civil no inquérito que resultou na Operação Pinóquio, deflagrada em 6 de julho. Nove pessoas permanecem presas, entre elas o filho de Nilda, Ulisses Antônio de Carvalho Neto, e o marido, Vilson Pereira da Silva.
Conforme a denúncia, a quadrilha utilizava documentos falsos para extrair, transportar e comercializar madeiras nobres em Mato Grosso. O grupo adulterava os documentos e entrava com pedido de licenciamento e autorização para exploração ou manejo florestal na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Com apoio de funcionários do órgão, a quadrilha tinha os pedidos aprovados. Após a liberação dos créditos florestais, os fraudadores se cadastravam na Sema para movimentar o crédito. Noventa e oito empresas foram beneficiadas com a fraude.
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