Pesquisa aponta otimismo de empresários e aquecimento da economia
A classe empresarial mato-grossense está mais otimista em relação ao aquecimento da economia em níveis estadual e nacional, foi o que apontou pesquisa divulgada hoje. No levantamento semestral do Departamento de Pesquisas Econômicas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/MT, 80% dos entrevistados acreditam que haverá crescimento no país e 86% em Mato Grosso. Os percentuais são mais elevados do que os registrados no primeiro semestre, respectivamente em 29% e 31%.
O quadro do mercado de trabalho também é positivo na ordem de 61%. Foram ouvidos quatrocentos empresários, de todas as categorias, desde o micro ao grande, sendo 250 do comércio e 150 de serviços, de 15 municípios, incluindo a capital, no período de 10 a 22 de junho deste ano.
O presidente do Sistema Fecomércio/MT, Pedro Nadaf, lembrou que devido ao clima de crise internacional os empresários estavam cautelosos no primeiro semestre deste ano. O quadro, entretanto, se reverteu. O grau de otimismo, por exemplo, é praticamente igual ao pesquisado no mesmo período de 2008, que aliás foram os maiores desde 2004. O percentual inferior foi de apenas 1% no quesito nacional, no estadual permaneceu empatado. No que diz respeito a estabilidade econômica há maior oscilação em relação ao registro do primeiro semestre deste ano, em relação ao atual. Na última pesquisa foi 76% o percentual dos que acreditam, contra 69%. No comparativo de 2008 o percentual é maior, pois no segundo semestre foi 85%.
Posição do mercado e emprego
No que se refere a posição do mercado, os otimistas são 78%, contra 68% do primeiro semestre e apenas inferior em 1% no que tange ao mesmo período de 2008. Nadaf lembrou que no primeiro semestre havia crescido o percentual dos pessimistas, de 6% e 5% respectivamente, para 15%. E na pesquisa atual o grau ficou inalterado. Os indiferentes foram o que tiveram menor oscilação, 16% no segundo semestre de 2008, 17% no primeiro e segundo semestres de 2009.
Com relação ao mercado de trabalho, 39% apontou que diminuirão as ofertas de emprego; 13% que aumentará e 48% que estabilizará. O importante, entretanto, é a soma da estabilidade com o aumento, que revela um quadro positivo em pouco mais de 60%.
Juros e avaliação dos governos
No tocante a prática de juros, o índice de 0 a 2% obteve a resposta da maioria dos entrevistados, 54%. Como ocorre, desde o primeiro semestre de 2004, nenhum dos entrevistados acredita em prática superior a 8,1%.
Com relação a avaliação do governo estadual, 10% classificaram como ótimo; 38% como bom, 32% disseram regular e o menor percentual, 20% classificou como ruim. No tocante ao governo federal, os índices foram 8% ótimo, 39% bom, 46% regular e 13% ruim. Ambos tiveram aprovação da classe empresarial, e isso está atrelado, na opinião de Nadaf não a questão política partidária, mas ao resultado do processo econômico, principalmente com a estabilidade no mercado.
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