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Economia
Terça - 04 de Agosto de 2009 às 17:42

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A TIM aguarda a conclusão da compra da Intelig para ampliar suas ofertas de pacotes com telefonia fixa, móvel e internet banda larga. A expectativa da operadora é que a negociação seja aprovada ainda neste trimestre, para iniciar a venda dos pacotes nos últimos três meses do ano.

A TIM anunciou em abril o negócio, que aguarda ainda a aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a reorganização societária e financeira da Intelig, para encerrar disputas judiciais, pré-requisitos para a formalização da compra.

"Gostaria que o fechamento da compra da Intelig fosse rapidíssimo, gostaria que o terceiro trimestre fosse o do fechamento, para iniciarmos a venda de pacotes convergentes", destacou o presidente da TIM, Luca Luciani, acrescentando que o foco será o mercado corporativo de voz, principalmente para chamadas de longa distância.

Com a aquisição da Intelig, Luciani afirmou que a TIM deverá também obter ganhos de sinergia, tanto no custo quanto no uso de rede, na capacidade de transmissão de dados, e deve aumentar em "pelo menos dois pontos a margem Ebtida" (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), que ficou em 22,3% no segundo trimestre.

Rentabilidade

Segundo o presidente da TIM, no segundo trimestre a operadora estancou a perda de clientes, principalmente no segmento pós-pago, e o objetivo para os próximos meses é aumentar os minutos de uso por clientes.

"Tivemos crescimento na área comercial, com adições líquidas, e também na área financeira, com Arpu (receita média por usuário, na sigla em inglês) aumentando", salientou o executivo durante teleconferência de divulgação de resultados.

A operadora registrou 1,7 milhão de adições líquidas de clientes no segundo trimestre deste ano, frente a 700 mil adições no trimestre anterior, e a Arpu alcançou R$ 26,60, contra R$ 26 no mesmo intervalo de comparação.

"A prioridade do segundo trimestre era voltar a vender, agora para o terceiro trimestre é voltamos a falar, ou seja, crescer o uso, com novos estímulos, ofertas, ideias e lançamentos no mercado", explicou Luciani.

Fornecedores

Ao estimular a competição entre fornecedores, Luciani salientou que a TIM obteve ganhos de até 50% na renegociação de contratos, o que impactou positivamente a eficiência da empresa, "principalmente no Capex" (capital utilizado para melhorar bens físicos da empresa, na sigla em inglês).

"Se o preço da voz caiu no mercado, os fornecedores também têm que sentir essa queda", afirmou o executivo.

No primeiro semestre a TIM investiu R$ 600 milhões, e tem investimentos previstos em R$ 2,3 bilhões para este ano. Parte destes recursos deverá ser aplicada na ampliação da rede de terceira geração (3G), com foco em aplicativos bastante utilizados em celulares inteligentes (smartphones), como o microbrowsing e serviço de email.

A qualidade do serviço de banda larga móvel oferecido pelas operadoras celulares vem sofrendo críticas devido à lentidão e queda de conexão, e por este motivo Luciani frisou que a TIM ofertará o serviço apenas nas áreas em que a operadora tem cobertura.

"A prioridade não é em velocidade do acesso, mas na capacidade de oferecer a conexão", destacou o executivo, lembrando que a banda larga é um grande mercado no Brasil, e que a oferta de conexões fixas "ainda é baixa, centrada nas principais áreas geográficas, e também tem baixa qualidade".





Fonte: Folha Online

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