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Polícia Brasil
Sexta - 05 de Julho de 2013 às 17:45
Por: LUCIENE OLIVEIRA

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A Polícia Judiciária Civil investiga a participação de uma mulher presa, na quinta-feira (04.07), na cidade do Rio de Janeiro, em uma rede de exploração sexual de menores com conexão Mato Grosso e estado do Rio de Janeiro. A esteticista Sílvia Flávia Piqueira Moreno é acusada aliciar adolescentes para prostituição.
 
 


A investigação é conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança do Adolescente (Deddica), de Cuiabá, que em maio deste ano recebeu denúncia referente uma adolescente de 15 anos, iniciais J.E.A.C, que havia fugido de casa e estaria se prostituindo na companhia de outras garotas em Cuiabá.
 



A Polícia Civil descobriu que adolescente teria sido levada para o Rio de Janeiro e pediu apoio da Polícia Civil carioca para prender a acusada, que estaria mantendo em cárcere privado a adolescente de 15 anos e também a própria filha de 17, na companhia de um homossexual de 23 anos, para programas sexuais naquela cidade. A mulher foi presa em um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com as duas menores e o jovem.
 



Segundo a Polícia, a mulher estava no Rio há uma semana com os adolescentes. Ela vai responder no Rio de Janeiro por exploração sexual de vulnerável, cárcere privado  e indução ao trabalho escravo. Em Cuiabá, ela é investigada por exploração sexual, rufianismo, cárcere privado, falsificação de documento público, aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante e tráfico interno de pessoas para fins de exploração sexual.
 



De acordo com a delegada Alexandra Fachone, a mãe da adolescente em maio quando procurou a delegacia, havia informado que a filha estava em uma residência no bairro Consil, em Cuiabá, mas o local apontado como casa de prostituição já havia sido desativado ao ser averiguado pelos policiais da unidade.
 



Durante as investigações, outra denúncia ao Conselho Tutelar levou a Polícia Militar a fechar uma residência no bairro Coophamil, por suspeita de manter adolescentes para prostituição. Na casa foram encontradas quatro adolescentes, entre elas a adolescente desaparecida, J.E.A.C, à época com 14 anos.  
 



A casa era alugada por Sílvia Flávia, mãe de uma das quatro garotas (duas de 14 anos, uma de 15 e a filha da acusada de 17 anos), encontradas no local. No entanto, as adolescentes ao serem levadas à Central de Flagrantes negaram que eram exploradas sexualmente e que a casa era usada para essa finalidade.
 



Em buscas na casa, além das adolescentes, a Polícia apreendeu diversos medicamentos abortivos, preservativos e cédulas de identidade falsa. Na ocasião, a suspeita não chegou a ser detida, por não se encontrar na residência. Ela também explorava a filha de 17 anos junto com as demais adolescentes.
 



De acordo com a delegada Alexandra Fachone,  na última quarta-feira (03.07), a mãe da adolescente J.E.A.C., esteve novamente na Deddica e informou que a filha havia telefonado do Rio de Janeiro e que estava lá há mais de uma semana na companhia da acusada Sílvia Flávia.  “Ela contou para mãe que era mantida em cárcere privado, sendo explorada sexualmente e obrigada a realizar serviços domésticos”, disse Fachone.
 



No Rio de Janeiro, em depoimento na 13ª Delegacia de Polícia de Copacabana, a  adolescente de 15 anos disse que conseguiu fugir do apartamento, em Copacabana, pedir socorro na unidade policial. A menina contou que suas roupas haviam sido retidas, assim como seus documentos pessoais e dinheiro. A adolescente ainda falou que a acusada Sílvia Flávia lhe dava drogas e que tinha realizado um aborto. A menor relatou que era ameaçada constantemente de morte e que tinha medo da acusada.
 



A delegada Alexandra Facnhone afirmou que as investigações contra a acusada Sílvia Flávia prosseguem em Cuiabá. “Será juntado aos autos cópias de sua prisão em flagrante delito do Rio de Janeiro, onde foi presa por exploração sexual, cárcere privado e redução a condição análoga de escravo”, destacou.





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