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Manifestante alega que militares apagaram parte do conteúdo das câmeras. Comandante da PM diz que caso será investigado.
Estudantes têm câmeras tomadas por policiais em protesto no ES
Dois estudantes pesquisadores do Laboratório de Imagem e Cibercultura (Labic), projeto de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), alegaram que tiveram as câmeras fotográficas tomadas por policiais em um posto de gasolina na Reta da Penha, durante o protesto que ocorreu em Vitória na noite desta quinta-feira (4). Segundo um dos alunos, eles estavam filmando uma abordagem policial quando foram obrigados a entregar os equipamentos, que só foram devolvidos após parte do conteúdo ser apagado. O comandante geral da PM, coronel Edmilson dos Santos, explicou que a abordagem ocorreu porque houve denúncia de que uma pessoa estaria armada no local, mas reiterou que a situação envolvendo os alunos será apurada e que qualquer denúncia pode ser feita à Corregedoria.
O estudante de Artes Visuais da Ufes, Jean Pereira, contou ao G1 que o colega e ele começaram a filmar a abordagem por não concordarem com a ação. “Eles gritavam com as pessoas para revistá-las, chegaram já querendo revistar. Começamos a filmar e eles não gostaram, pediram que parássemos, mas nós continuamos. Falávamos que já que eles não estavam fazendo nada errado, não tinha problema a gente filmar”, contou.
Pereira explicou que as câmeras não chegaram a ser danificadas, mas elas ficaram em poder dos policiais por algum tempo e parte do conteúdo foi apagado. Ele ainda relatou que um dos estudantes foi agredido. “Eles ameaçaram outras pessoas que estavam com câmeras também. O meu colega foi jogado no chão, puxaram o cabelo dele, eram mais de 10 policiais em cima da gente, armados com cacetetes. As câmeras não foram danificadas pois protegemos muito. Os policiais chegaram a ameaçar de levar a gente para a delegacia, mas por pressão popular nos liberaram”, disse.
Um dos coordenadores do Labic, o professor Fábio Malini, explicou que as câmeras que estavam com os estudantes não são da Ufes, mas pertencem ao projeto de extensão. “Nós compramos os equipamentos com uma cota pessoal, mas emprestamos também para outros estudantes, se necessário”, informou.
Pereira explicou que as câmeras não chegaram a ser danificadas, mas elas ficaram em poder dos policiais por algum tempo e parte do conteúdo foi apagado. Ele ainda relatou que um dos estudantes foi agredido. “Eles ameaçaram outras pessoas que estavam com câmeras também. O meu colega foi jogado no chão, puxaram o cabelo dele, eram mais de 10 policiais em cima da gente, armados com cacetetes. As câmeras não foram danificadas pois protegemos muito. Os policiais chegaram a ameaçar de levar a gente para a delegacia, mas por pressão popular nos liberaram”, disse.
Um dos coordenadores do Labic, o professor Fábio Malini, explicou que as câmeras que estavam com os estudantes não são da Ufes, mas pertencem ao projeto de extensão. “Nós compramos os equipamentos com uma cota pessoal, mas emprestamos também para outros estudantes, se necessário”, informou.
Polícia
O comandante geral da PM, coronel Edmilson dos Santos, falou que tomou conhecimento da situação e explicou que a polícia foi acionada para ir até o posto de gasolina pois houve denúncia de que havia pessoas armadas no local. Alguns se recusaram a serem revistados e os militares precisaram agir com mais rigor.
“De maneira nenhuma a polícia pode tomar uma câmera de um cidadão. Nós vamos investigar o que ocorreu na noite desta quinta e qualquer pessoa pode denunciar a situação à Corregedoria da Polícia Militar”, disse.
Ufes
Em nota, a Administração Central da Ufes informou que repudia as agressões sofridas por dois integrantes do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibertcultura da Ufes (Labic), praticada por policiais militares durante manifestações. Além de serem abordados com violência, os equipamentos que utilizavam para registrar os acontecimentos a serem utilizados em pesquisa foram temporariamente retidos e devolvidos com algumas imagens apagadas.
“A Administração Central da Ufes condena ações como esta, que coíbem o direito à livre expressão e ao registro de dados para realização de pesquisa científica. O Labic é um laboratório do Departamento de Comunicação da Ufes e tornou-se referência para a compreensão dos movimentos de protesto que ocorrem no Brasil, a partir das análises e cartografias das redes sociais na organização e cobertura das manifestações”, diz a nota.
“A Administração Central da Ufes condena ações como esta, que coíbem o direito à livre expressão e ao registro de dados para realização de pesquisa científica. O Labic é um laboratório do Departamento de Comunicação da Ufes e tornou-se referência para a compreensão dos movimentos de protesto que ocorrem no Brasil, a partir das análises e cartografias das redes sociais na organização e cobertura das manifestações”, diz a nota.
Fonte:
Do G1 ES
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/15633/visualizar/
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