Inep recomenda que candidatos não deixem questões em branco no Enem
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, recomendou nesta quarta-feira (29) que os alunos não deixem questões em branco na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e “chutem” caso não saibam a resposta. Segundo ele, o computador vai ler como “errada” qualquer pergunta deixada sem resposta e, e escolhendo um item, o candidato ainda tem chances de acertar.
“Uma questão em branco no meio da prova tem o mesmo peso do erro”, afirmou Fernandes. A correção da prova, apesar disso, vai levar em conta o padrão de respostas do estudante. Será possível identificar, por exemplo, se ele “chutou” muito no exame, que terá 180 questões e acontece nos dias 3 e 4 de outubro. O Inep é o órgão do Ministério da Educação responsável pela aplicação das provas.
O sistema de correção a ser utilizado é chamado de Teoria de Resposta ao Item (TRI). O Inep vai dar a cada questão um certo grau de dificuldade e o computador vai conseguir saber, de acordo com o padrão de respostas, o quão preparado para dar aquela resposta o candidato estava e se houve um “chute.” O foco será no item, como é chamada cada questão, e não no total de acertos. A teoria é o conjunto de modelos que relacionam uma ou mais habilidades com a probabilidade de a pessoa acertar a resposta.
Com isso, o estudante pode até acertar mais questões do que outro, mas poderá ter uma nota menor. Mesmo com os gabaritos sendo divulgados após a prova, ele não vai conseguir determinar quanto tirou no exame. O resultado final será divulgado nos dias 4 de dezembro (provas objetivas) e 8 de janeiro (redação).
Simulado
O Inep divulga nesta quarta-feira (29) um simulado do Enem com 40 questões. O candidato poderá ter acesso às provas no G1 a partir da meia-noite. O presidente do órgão não descartou publicar novos simulados para este exame e para os próximos.
A prova terá uma “calibragem”, que, segundo o Inep, pode ser divulgada posteriormente para cursinhos e escolas. Com um programa de computador, que pode ser comprado separadamente, eles poderão aplicar e corrigir simulados baseados no exame.
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