Paulo Bernardo diz que novo PAC vai agilizar projetos do governo
O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) afirmou que o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) proposto nesta terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá agilizar o andamento dos projetos. Lula afirmou na Paraíba que vai lançar o novo programa para que o próximo governante não tenha de "começar do zero".
"O que o presidente Lula tem dito é que nós tivemos muita dificuldade na articulação do PAC por falta de projetos previamente desenvolvidos. Então, o que ele deseja é deixar para o próximo governo uma carteira de investimentos. Evidentemente, que a decisão de executar esse ou aquele projeto será do próximo governo. Mas você tendo opções e já um trabalho desenvolvido, optando por fazer o investimento, pode fazer isso com mais rapidez", disse o ministro ao sair de congresso sobre gestão pública realizado hoje em Brasília.
Bernardo negou que o governo esteja ampliando o programa e procurou minimizar a sensação de que a gestão Lula quer deixar alguns projetos como obrigação para a próxima gestão.
"Se o Brasil crescer como nós estamos prevendo que vai crescer, vai precisar cada vez mais de projetos de infraestrutura. Então, para isso, certamente, o próximo governo vai ter que, além de resolver o problema de financiamento --se vai ser financiamento do BNDES, se vai ser internacional-- vai precisar ter o projeto. O que estamos dizendo é que vamos facilitar isso", afirmou o ministro.
Na Paraíba, Lula também criticou a oposição e comentou a crise no Senado. Segundo ele, a oposição parece torcer para que o Brasil não dê certo. "Eles [oposicionistas] têm que saber uma coisa: primeiro, que não sou mais candidato e, segundo, se o Brasil for mal, não será ruim para o Lula, para a Dilma [ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil], para o Fernando Haddad [ministro da Educação], será ruim para a parte mais pobre deste país", disse.
Em relação à crise política, ele afirmou que a Casa tem "maioridade" para resolver seu problema. "O que não pode é deixar a coisa esticar, esticar", disse Lula. "Se a cada dia você tem uma novidade, por menor que seja, no jornal, vai criando um desgaste na instituição", afirmou.
Segundo o presidente, a Câmara e o Senado já tiveram momentos históricos de gravidade, que foram resolvidos. "Na volta do recesso, os senadores vão se reunir e dizer o que querem para o Senado. O que não é possível é permitir que a instituição sofra esse desgaste, porque isso mata as pessoas e a instituição."
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