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Economia
Segunda - 27 de Julho de 2009 às 16:07

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A inadimplência cresceu nos meses nos meses de maio e junho como consequência do crédito fácil, de longo prazo e da acirrada disputa dos bancos por clientes no período anterior ao agravamento da crise internacional, no final do ano passado. O desenho deste cenário faz parte da pesquisa da TeleCheque, empresa especializada na concessão de crédito ao varejo, divulgado nesta segunda-feira.

De acordo com a pesquisa, o principal motivo do endividamento foi o descontrole financeiro (74,65% das respostas). "Isto reforça que o agravamento da inadimplência foi resultado do acesso a um crédito excessivo antes da crise e do alto comprometimento de longo prazo, que não pode ser cumprido devido às mudanças nos ganhos salariais", afirmou o vice-presidente da Telecheque, José Antonio Praxedes Neto.

Segundo a pesquisa, a crise ainda impacta consumidores com renda acima de quatro salários mínimos. "Este cenário, que havia sido anunciado na pesquisa do bimestre anterior (março/abril), foi reforçado nos dois últimos meses, comprovando que a situação se agravou."

A inadimplência que entre pessoas com renda acima de quatro salários ficou em 50% no terceiro bimestre deste ano, contra 49,2% no bimestre anterior (variação de 1,6%) e 39,1% no mesmo trimestre de 2008 (diferença de 28%). Ao todo, 1.294 consumidores foram entrevistados.

Conforme o estudo, estes consumidores também são vítimas da "concorrência agressiva" entre as instituições financeira, que "estão liberando limites de crédito ao consumidor de forma independente, sem analisar os acessos ao crédito já concedidos, estimulando o descontrole financeiro".

Paralelamente, o estudo destacou ainda que houve um aumento no número de graduados inadimplentes, de 20,30% no terceiro trimestre do ano passado para 35,78% neste ano.

O perfil dos endividados, no entanto, se manteve semelhante ao de 12 meses atrás, conforme o estudo, com destaque para as mulheres (55,95% no terceiro bimestre deste ano ante 52,29% na mesma época do ano anterior), com idade entre 21 e 40 anos (58,27% contra 68,49%), casadas (46,21% ante 47,51%), com segundo grau (44,59% contra 54,27%) e com renda entre R$ 1.246 a R$ 2.490 (61,43% contra 59,44%).





Fonte: Folha Online

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