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Economia
Sexta - 05 de Julho de 2013 às 06:56

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 Mas para que a atividade tenha os resultados desejados, é preciso que o plantio e o manejo sejam adequados, o que inclui o controle de doenças e pragas como a vespa-da-madeira. Para tratar deste assunto, aconteceu nesta quarta-feira (03), Tarde de Campo de Florestas, em Nova Prata, que contou com a participação de produtores, reflorestadores e técnicos do município e da região, e com a presença do prefeito Volnei Minozzo. 


 
A programação iniciou na Câmara de Vereadores, com a apresentação do Programa Pinus, pela assessora técnica da Ageflor, Margot Guadalupe Antônio; de uma experiência de integração pecuária-floresta em Cambará do Sul, pelo técnico agrícola da Emater/RS-Ascar, Neimar Fonseca e Silva; e de um vídeo da Embrapa Florestas sobre monitoramento, detecção e controle da vespa-da-madeira, inseto que ataca o pinus, provocando danos que levam as árvores à morte. 


 
Como pode percorrer até 50 Km por ano, o inseto representa riscos não só para o plantio onde é constatada a sua presença, mas também para os vizinhos. Copas amareladas e secas, respingos de resina nos troncos, orifícios na tora, galerias e manchas azuladas no interior da madeira são sinais da ação da vespa e um alerta para os produtores do ataque da praga.


 
A engenheira florestal da Emater/RS-Ascar, Adelaide Ramos, explica que a vespa-da-madeira é uma praga oportunista, que ataca plantas que se encontram estressadas por fatores físicos ou climáticos, pelo desaparecimento dos inimigos naturais e, principalmente, pelo plantio ou manejo inadequados, levando-as à morte.


 
Nas florestas infestadas, é necessário o controle biológico com o uso do nematoide, produto biológico fornecido pela Embrapa Florestas e que esteriliza as vespas, fazendo com que os ovos fiquem inférteis. Dessa forma, o próprio inseto contribui para o controle ao disseminar ovos com nematoides. A fim de mostrar aos produtores como proceder, uma demonstração de aplicação do produto foi feita na propriedade de Milton Golembieski, na localidade de Três Mártires.


 
Mas além do controle biológico, a engenheira florestal da Emater/RS-Ascar diz que como a ocorrência da praga está associada ao manejo inadequado da floresta, é fundamental adotar práticas corretas e preventivas. “Espaçamento de plantio; podas e desbastes adequados, visando aumentar o vigor e a resistência das árvores; adoção de medidas de sanidade florestal, como a eliminação de possíveis focos; secagem da madeira após o corte, fiscalização do transporte e monitoramento dos plantios são algumas delas”, afirma


 
Para contribuir neste trabalho de controle, a Ageflor vai disponibilizar gratuitamente o nematoide e um técnico para aplicação do preparado nas pequenas propriedades afetadas. Os produtores interessados devem fazer uma solicitação para a entidade, que também vai buscar realizar um levantamento das pequenas áreas de pinus na região junto com a Emater/RS-Ascar. “A intenção é controlar a vespa e qualificar os plantios. Não adianta termos milhares de hectares plantados sem qualidade, sem saber o que fazer com eles”, declarou Margot. 


 
Para Milton Golembieski, o plantio de pinus sempre foi considerado uma aposentadoria. “Precisamos nos unir, trocar experiências e, com o apoio das entidades, fazer o manejo e controle necessários para não perder esse investimento”. 


 
A Tarde de Campo foi promovida pela Emater/RS-Ascar, Ageflor, Prefeitura, através da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, Embrapa Florestas, Congresso Florestal, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Câmara de Vereadores.


 
Integração lavoura-pecuária


 
Os resultados de um trabalho de integração pecuária-floresta, que vem sendo realizado há seis anos na propriedade do produtor João Alberto Melos de Andrade, em Cambará do Sul, foi apresentado pelo técnico da Emater/RS-Ascar Neimar Fonseca e Silva. De acordo com ele, o consórcio de pinus com pecuária em campo nativo, tem como foco a diversificação de produtos, maior rentabilidade por área e a adequação ambiental do sistema. “A arborização de pastagens é interessante em termos de ambiência e bem-estar animal. Além disso, a palatabilidade do pasto disponível no campo é melhor onde ele é sombreado, favorecendo o consumo pelos animais”, diz. 


 
Conforme Neimar, a apicultura também faz parte desta integração, através do arrendamento. Com relação à agregação de renda, o técnico afirma que a prática de roçada e manejo do campo nativo ou o melhoramento do campo nativo pode multiplicar a produção de carne por área. Na unidade silvipastoril, que está em fase inicial, essa produção chegou a 54 Kg carne/ha/ano, com a possibilidade de um incremento significativo com o melhoramento do campo nativo, que vai começar a ser realizado a partir deste ano.





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