Petrobras enfrenta incertezas políticas, diz 'Economist'
Intitulada Oil and Revolution ("Petróleo e Revolução", em tradução literal), a matéria classifica a Petrobras como a "mais ambiciosa companhia petrolífera do mundo" e afirma que as conexões políticas são essenciais para a empresa.
Segundo a revista, a Petrobras enfrenta atualmente duas incertezas na área política: a investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e o marco regulatório para a exploração da camada do pré-sal.
CPI
Sobre a CPI, a Economist afirma que a investigação foi aberta a partir de "alegações de contratos superfaturados e motivação política nas atividades beneficentes da empresa".
A publicação afirma que o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, recebeu de maneira positiva a investigação, mas teme que a CPI se torne um "circo político", o que poderia ameaçar a empresa.
A matéria cita que a Petrobras já possui um documento de 10 mil páginas que desqualifica a acusação de superfaturamento. Segundo a revista, a CPI pode prejudicar a reputação da Petrobras "apenas levemente".
Pré-sal
O texto publicado pela Economist aborda ainda o que a revista considera a segunda incerteza que ameaça a Petrobras: o marco legal para a exploração do pré-sal.
Segundo a publicação, a saída para a exploração provavelmente será criar uma nova estatal para administrar os novos contratos.
De acordo com a revista, esse marco regulatório é uma incerteza política porque poderia representar um risco para o Brasil.
"Um risco para o Brasil é que essa nova companhia se torne uma fonte de lucros sem uma real função, exceto satisfazer a avareza dos políticos. O principal perigo para a Petrobras é a possibilidade de a nova companhia se tornar uma rival comercial", diz a Economist.
Em contrapartida às incertezas, a matéria publicada pela revista cita os planos de investimento da empresa petrolífera brasileira e ressalta as boas relações da Petrobras com o governo chinês.
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