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Cidades/Geral
Quarta - 22 de Julho de 2009 às 19:50
Por: Andréa Hadad

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Levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aponta que nove fazendas de Mato Grosso estão na lista das 174 propriedades rurais do país flagradas com trabalhadores em situações similares a de escravidão. O estudo abrange o período de 2003 até julho de 2009. Dentre as propriedades está uma empresa de gincho, a Juara, situada no bairro Jardim Paula II, em Várzea Grande. Com a inclusão do estabelecimento na chamada “lista suja”, subiu para 175 o número de pontos flagrados com trabalho escravo no país, desde 2003.

Ao todo, 728 trabalhadores eram explorados e viviam em condições subumanas. Não tinham carteira assinada, banheiros adequados e material de segurança no trabalho. Além disso, a comida era escassa e sem qualidade e os salários retidos para pagar por insumos comprados dos patrões. Os trabalhadores também seguidamente eram ameaçados por jagunços, caso tentassem fugir das propriedades.

Ao serem inclusos na lista suja, os empregadores ficam impossibilitadas de contrair financiamento tanto em instituições públicas ou privadas. Por outro lado, são excluídos aqueles que, ao longo de dois anos, contados de sua inclusão no cadastro, tenham corrigido irregularidades identificadas durante inspeção do trabalho, em atendimento aos requisitos da Portaria nº 540 e não reincidiram no crime. "Ao divulgarmos os nomes dos infratores que foram flagrados explorando trabalhadores na condição de escravos, estamos permitindo que outros entes estatais tenham esta informação quando do estabelecimento de suas políticas públicas. Por exemplo, nenhum banco empresta dinheiro público para os infratores que estão no Cadastro", destaca o assessor da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do MTE, Marcelo Campos.





Fonte: RD News

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