Ministério da Saúde recebe 50 mil kits para tratamento da gripe suína
Até setembro, o ministério deve receber mais 750 mil kits e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) produzirá mais 150 mil. A quantidade deve ser suficiente para atender a todos os casos considerados graves no país.
Cada conjunto contém 10 comprimidos de fosfato de osetalmivir, quantidade indicada para uma pessoa. Até agora, o medicamento é considerado o mais eficiente no tratamento da gripe suína, sendo recomendado, inclusive, pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
De acordo com a OMS, o tratamento é indicado apenas para pacientes com sintomas graves, fatores de risco e profissionais de saúde que trabalham diretamente com os doentes.
A distribuição do medicamento continuará centralizada. O governo federal envia os remédios para os estados, que os repassam para os hospitais de referência e ampliam a rede de atendimento. Para evitar a automedicação e reduzir a probabilidade de resistência do vírus ao remédio, o medicamento não estará disponível no comércio.
Mortes
Somente nesta terça-feira, sete novas mortes causadas pela gripe suína foram confirmadas no Brasil --seis no Estado de São Paulo e uma no Paraná. Com isso, sobe para 22 o número de mortes no país, desde 28 de junho.
No Estado de São Paulo, a Secretaria Estadual da Saúde confirmou cinco mortes --quatro dos pacientes moravam da cidade de São Paulo e outro na região de Campinas. A sexta morte confirmada nesta terça no Estado --uma jovem de 23 anos-- foi informada pela Prefeitura de Osasco (Grande SP).
No Paraná, a morte confirmada nesta terça é a primeira do Estado. A vítima, uma mulher, apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 9, teve uma piora dois dias depois, e o quadro clínico evoluiu para uma pneumonia. Ela morreu dia 14.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
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