Número de casos de gripe suína volta a aumentar no México
Governo mexicano decretou emergência sanitária apenas no mês de maio A epidemia de gripe suína voltou a registrar aumento do número de vítimas na região sudeste do México, onde o Ministério da Saúde registrou 5.318 casos da doença e a morte de 23 pessoas.
O novo aumento do número de casos provocou uma nova polêmica já que o governo de Chiapas, o Estado mais pobre do México, acusou o governo central mexicano de limitar o apoio para conter a epidemia na região.
O governo regional também rejeitou os dados que apontam Chiapas como o Estado com mais pessoas infectadas pela gripe suína.
"Chiapas é o primeiro lugar em diagnóstico e registro de casos, não em enfermos reais", informou o governo do Estado para a imprensa local.
"O importante é tratar os casos para que as pessoas não morram, e conter o problema porque, senão, (a gripe) volta para todo o país", respondeu o ministro da Saúde, José Ángel Córdoba.
O Ministério informou que do total de casos detectados, 2.205 foram registrados em Chiapas, onde também morreram 15 pessoas devido á doença. Outras oito pessoas morreram no Estado vizinho, Yucatán.
Estas são os primeiros casos fatais mortes registrados desde o fim da emergência sanitária, decretada no final de maio. Eles se somam às 125 mortes ocorridas em todo o México desde o início da epidemia.
Pobreza
Para evitar que o vírus volte a se espalhar, o Ministério da Saúde enviou equipes médicas para as cidades e comunidades rurais de Chiapas e estabeleceu um cerco epidemiológico nos Estados vizinhos para impedir o contágio.
Nos hospitais públicos de Chiapas foram criadas áreas especiais para isolar os infectados pela gripe suína e, em alguns casos, as cirurgias foram restritas apenas a casos de urgência.
O governo recomendou à população que evite frequentar locais fechados ou grandes concentrações, mas diferentemente do que se fez durante a emergência decretada em maio, não foram cancelados os eventos públicos.
E, segundo o governo mexicano, a situação se complica na região devido ao alto índice de pobreza no Estado, o que torna ainda mais difícil o estabelecimento das medidas sanitárias necessárias.
"Estamos preocupados porque é o lugar onde temos tidos mais doentes graves", disse o ministro Córdoba.
De acordo com os números divulgados pelo Instituto de Estatística e Geografia 47% dos habitantes de Chiapas sofrem de deficiências alimentares, especialmente nas comunidades indígenas, que representam um quarto da população total do Estado.
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