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Nacional
Quinta - 16 de Julho de 2009 às 07:12

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Em Belém, três policiais militares são acusados de matar um doente mental. Segundo testemunhas, eles confundiram um rádio com uma arma e depois mudaram a cena do crime.

No velório de Emerson Willices Cruz Freitas, de 37 anos, tristeza e revolta. "É uma tragédia que qualquer mãe não espera. Eu quero justiça de cima e daqui", desabafou a mãe da vítima, Célia Maria Cruz Freitas.

Emerson sofria de esquizofrenia e não tinha antecedentes criminais. Segundo testemunhas, ele caminhava em uma rua ouvindo música de um rádio que levava na cintura quando foi abordado por três policiais militares.

O PMs prestaram depoimento à polícia e disseram que atiraram porque a vítima teria sacado uma arma de fogo. Os policiais apresentaram um revólver com sendo da vítima, mas quem presenciou a abordagem nega essa versão.

"Duas testemunhas ouvidas afirmaram que a vítima não estava armada e que os policiais teriam confundido a atitude que ela tomou em meter a mão na cintura, que ela estava de posse apenas de um walkman, não de uma arma", disse o delegado do caso, Fernando Silva.

Versão das testemunhas

Uma das testemunhas relatou ao delegado que um dos policiais já saiu do carro apontando uma arma para a cabeça de Emerson. Segundo o depoimento, a vítima colocou as mãos para cima e tentou levantar a camisa para mostrar que não estava armada.

O policial suspeitou e disparou o primeiro tiro no peito. Emerson correu com a camisa levantada mostrando que não escondia arma e mesmo assim levou outro tiro, desta vez com um fuzil.

Ainda de acordo com a testemunha, quando os policiais militares perceberam que a vítima não estava armada e só levava um rádio, usaram luvas cirúrgicas para remover o corpo do local.

Os três policiais não foram afastados da função e continuam trabalhando normalmente, mas agora em outro bairro. A Polícia Militar vai abrir uma sindicância para investigar se houve falhas na ação e alteração do local do crime.

Se for comprovado algum excesso, descontrole, algo que possa realmente cair em descrédito na versão dos policiais, o Conselho de Disciplina pode, ao final, inclusive resultar na expulsão deles da instituição", explica o corregedor da PM, tenente Hélio Basbas.





Fonte: Do G1

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