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Economia
Quarta - 15 de Julho de 2009 às 06:19
Por: Maria Angélica de Moraes

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O aumento de 0,5% no número de solicitações de seguro-desemprego de maio para junho deste ano (5.628 e 5.922 requerentes respectivamente) pode ser visto como um sinal de que o mercado de trabalho em Mato Grosso está se estabilizando. Os primeiros meses do ano foram marcados por altos índices de pedidos de seguro-desemprego (de 6 a 7 mil entre janeiro e abril) e a queda para cerca de 5 mil em maio e junho significa que mais pessoas estão tendo sucesso nas colocações. "Estes são meses de término da safra, o que revela uma regularização do mercado com um número maior de pessoas sendo empregadas", observou Kellen Cristina Carvalho, superintendente de Trabalho e Emprego em exercício do Sistema Nacional de Empregos no estado (Sine-MT).

Em comparação com junho de 2008 houve um aumento de 31% no número de pedidos de seguro-desemprego, crescimento observado também no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado com 24% a mais de requisições do benefício em todo o Mato Grosso. Cuiabá continua liderando com 1.479 solicitações em junho deste ano dentro de um universo de 5.922 feitas nos 20 postos do Sine espalhados pelo estado.

O seguro-desemprego é um benefício concedido pelo governo federal que permite assistência financeira temporária. Entre outros casos, pode ser requerido por todo trabalhador dispensado sem justa causa e por aqueles cujo contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação oferecido pelo empregador. O valor varia de acordo com a faixa salarial, sendo pago em até cinco parcelas, conforme a situação do beneficiário.

O benefício permite ao trabalhador investir na sua qualificação para então retornar ao mercado de trabalho com menos dificuldade frente à concorrência. Mas não é o que acontece. Em sua grande maioria o dinheiro é usado para custear despesas domésticas, principalmente alimentação.

E é justamente essa falta de qualificação que dificulta a contratação e a permanência do trabalhador no mercado. De acordo com o levantamento do Sine-MT referente a junho deste ano, dos 7.403 inscritos para ocupar as 4.068 vagas abertas em Mato Grosso apenas 2.971 foram colocados, ou seja, conseguiram um emprego.

Entre eles está o tapeceiro Eduardo da Silva, 39, que há 15 dias trabalha na Moveleiros, empresa de mobiliário em Cuiabá. Eduardo adquiriu experiência e conhecimento na área em uma loja própria que administrou durante oito anos. "Informação e qualificação são importantes, mas é difícil que um profissional tenha as duas coisas, educação formal e conhecimento empírico, apesar de ambos serem fundamentais para uma boa colocação no mercado de trabalho".

Para facilitar essa inserção dos técnicos do Sine em Mato Grosso vêm desenvolvendo, desde o início do ano, um trabalho de conscientização das empresas com relação à abertura de postos e contratações. De acordo com Kellen Carvalho, a equipe do Sine já visitou a rede hoteleira e agora começam a focar sua atenção nas empresas que atuam na construção civil. Estes são dois setores que terão grande atuação (e consequente expansão) até a realização da Copa do Mundo em Cuiabá no ano de 2014.





Fonte: A Gazeta

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