Caos na saúde pública de Diamantino ameaça voltar
Nem bem se iniciou a terceira semana da volta de Erival Capistrano (PDT) a Prefeitura Municipal de Diamantino e a saúde pública da cidade já começaram a ser alvo de críticas, não só da população, como também dos próprios profissionais que trabalham nela.
A série de reclamações, que vai desde o remanejamento de enfermeiras sem consulta prévia, até o bloqueio de repasse de verbas para o setor, fez com que o Conselho Municipal de Saúde convocasse uma reunião extraordinária para a tarde desta segunda-feira, dia 13, onde foi discutido e procurado resposta porque do surgimento de tantos problemas em tão pouco tempo.
A discussão foi até possível ser feita, pois várias pessoas insatisfeitas com o estágio atual da saúde pública de Diamantino participaram efetivamente da reunião. Já as respostas dos problemas ficaram sob uma incógnita, pois a secretária de saúde Mônica Lima Gomes estranhamente deixou de participar do encontro alegando um outro compromisso para o mesmo horário em Cuiabá. Ela até envio uma representante, mas pelo que se viu, com ordens expressas para comentar o mínimo.
A primeira questão colocada em pauta pelo Conselho foi o bloqueio do repasse de verbas no valor de R$ 300 mil para a saúde pública de Diamantino, devido ao fato, pelo que se sabe até o momento, de que técnicos deixaram de alimentar o sistema do Ministério da Saúde com dados do município, o que causou automaticamente o bloqueio.
Outra questão discutida foi à condição em que se encontra o Pronto Atendimento. Denuncias davam conta de que havia diversas falhas, tanto estruturais como de pessoal, no PA.
Por fim, e uma das mais graves denuncias, trata-se do remanejamento desordenado de enfermeiras dos PSFs dos bairros de Diamantino.
A presidente do Conselho Municipal de Saúde, a odontóloga Eucênia Pinheiro, disse que será enviado um ofício à secretária de saúde (Mônica Gomes), para que ela dê explicações sobre tudo o quê está sendo acusado.
“Nós vamos até o fim das investigações dessas acusações, pois esse é o trabalho do Conselho Municipal de Saúde” disse Eucênia ao ‘O Divisor’.
“Gostaria de deixar claro que o nosso Conselho (Municipal de Saúde) é um órgão apolítico, que trabalhará exclusivamente para a melhoria da saúde pública de Diamantino” salienta.
Até o fim dessa semana a secretária de saúde deverá ser notifica através de um ofício do Conselho, para que apresente suas explicações já numa outra reunião extraordinária marcada para a próxima segunda-feira, dia 20, às 16 horas, novamente na sede da Secretaria de Saúde.
“Nós vamos escutá-la, ou seja, ouvir suas explicação. Caso o Conselho acate sua citação, continuaremos nosso trabalho. Porém, existe a possibilidade do conselho não aceitar sua versão, neste caso, encaminharemos uma denúncia ao Ministério Público para que as devidas providências sejam tomadas” concluiu Eucênia.
Será que o caos na saúde pública de Diamantino voltou? Eis a pergunta.
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