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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 14 de Julho de 2009 às 13:54

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Mato Grosso foi o Estado que registrou em junho a maior alta nos custos da construção civil, segundo o IBGE. O principal motivo é o aumento dos salários dos profissionais. Quem tem experiência e qualificação está com o passe valorizado.

O servente de pedreiro Ozenildo Oliveira da Silva começou a trabalhar recentemente como ajudante de pedreiro e essa é a primeira experiência no ramo. Ele estava desempregado há seis meses. "Eu estava trabalhando fazendo bico apenas. Um bico aqui, outro ali, mas nada fixo", contou o servente.

A valorização do metro quadrado já refletiu nas obras. De acordo com o IBGE, em apenas um mês, o custo médio subiu 3,75% em Mato Grosso, seguido do Rio Grande do Sul com 2,59%. Os demais Estados apresentaram taxas mensais abaixo de 0,50%. O estudo revela ainda que a parcela dos materiais de construção subiu 0,14%.

Já a mão-de-obra no setor de subiu de 7,5% a 10%, motivado pela falta de profissionais qualificados. "A mão-de-obra normalmente aumenta a partir de maio e esse aquecimento tem provocado, inclusive, uma disputa na mão-de-obra. A mão-de-obra tem subido até acima dos índices oficiais da convenção coletiva", disse o presidente do Sindicato da Construção Civil, Luiz Carlos Richter Fernandes.

E se o aumento nos custos da construção civil é resultado da falta de mão-de-obra, tem gente que não perde tempo e vai em busca de qualificação para garantir uma vaga no mercado de trabalho. O pedreiro Mauro Paulino dos Santos, que já trabalha na área há 12 anos, está fazendo um curso de especialização. Ele afirma que mesmo com toda a experiência, decidiu fazer as aulas para acompanhar a evolução do mercado. "O mercado de trabalho está muito disputado. Então, a gente tem que estar qualificado", afirmou.

A oportunidade não é aberta apenas para os homens. Com o crescimento do setor muitas mulheres estão investindo, principalmente na parte dos acabamentos. O gerente da escola Senai de Construção Civil em Cuiabá, Nileon Luiz da Silva, afima que o número de mulheres entrando no mercado de trabalho está crescendo. "No assentamento e acabamento de cerâmica as mulheres são mais delicadas, mais caprichosas, então tem muitas mulheres entrando no mercado. Posso dizer que nossas turmas são cerca de 50% masculinas e 50% femininas", afirmou.





Fonte: Redação TVCA

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