MT é o segundo maior exportador do país
As exportações do agronegócio mato-grossense fecharam o primeiro semestre com US$ 4,551 bilhões, alta de 20,6% na comparação com o mesmo período de 2008, quando registrou embarques de US$ 3,773 bilhões. Com este número, o Estado ocupa a segunda colocação entre as unidades da federação, atrás apenas de São Paulo que exportou US$ 6,593 bilhões de janeiro a junho de 2009. As vendas externas de produtos do agronegócio feitas pelo país somaram US$ 31,443 bilhões em igual período.
Na lista dos 10 maiores exportadores do Brasil, apenas Mato Grosso e a Bahia tiveram variação positiva nas vendas nos primeiros seis meses do ano em relação ao mesmo intervalo de 2008. Os demais, inclusive o primeiro colocado, tiveram resultado negativo. No caso de São Paulo, que exportou US$ 7,057 bilhões no ano passado, a queda foi de 6,5%, percentual semelhante ao registrado pelo país, que teve um recuo de 6,9% nas vendas, que no ano passado totalizou US$ 33,785 bilhões.
A terceira posição na lista dos maiores exportadores é ocupada pelo Rio Grande do Sul, que vendeu US$ 4,433 bilhões em produtos do agronegócio no primeiro semestre deste ano, baixa de 13,9% sobre os US$ 5,153 bilhões de 2008. Em seguida, aparece o Paraná que teve as vendas reduzidas de US$ 5,230 bilhões para US$ 4,378 bilhões, o que representou uma queda de 16,2% de um ano para outro.
Para o economista e especialista em Comércio Exterior, Vitor Galesso, a variação positiva de Mato Grosso é motivada pela característica das exportações feitas pelo Estado. "O Estado tem as vendas externas voltadas principalmente para o complexo soja e as carnes, e o resultado é motivado pelas condições de nossos concorrentes diretos que são o Paraná e o Rio Grande do Sul", diz ao explicar que os embarques realizados no período são referentes à safra anterior, em que estes dois Estados tiveram redução na produção decorrente de problemas climáticos, que favoreceram os mato-grossenses.
Já no caso de São Paulo, que é líder nas exportações de produtos do agronegócio, o especialista afirma que o Estado tem uma indústria mais complexa e que a pauta é mais variada, tendo as carne bovina, milho, soja e seus derivados como o óleo como pauta de produtos exportados. "Aquele Estado tem uma cadeia de exportação mais avançada, e com isso o bom desempenho". Galesso informa também que com estes resultados o Estado tem o que comemorar, mas que poderia ter sido melhor, não fosse a crise.
Para o segundo semestre, o economista prevê que ainda haverá reflexos da escassez de crédito, que poderá acarretar no não fechamento de alguns contratos de exportação, que motivado também pela redução na produção. "Os contratos que deverão ser renovados em 2010 poderão ter redução, já que se referem à produção deste ano, que está menor se comparada a do ano anterior".
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