Número de mortes ligadas à gripe suína chega a 11 no Uruguai
Segundo o diretor regional de Saúde, Pedro Motta, um dos mortos é um trabalhador rural de 21 anos, que também seria vítima de hantavirus. A segunda vítima é uma mulher de 22 anos, que na semana passada foi submetida a uma cesariana de emergência, no sétimo mês de gravidez, e além da gripe suína teve complicações pós-parto. O bebê passa bem.
Segundo o ministério da Saúde, há no Uruguai "23 focos" de gripe suína, com 520 pessoas contaminadas.
Essas duas mortes não foram contabilizadas ainda pelo OMS (Organização Mundial de Saúde), cujo balanço mais recente sobre a gripe suína registra nove mortes no Uruguai.
De acordo com o governo uruguaio, a gripe suína pode ter afetado milhares de pessoas no país, mas a gravidade da doença não é tão grande que exija medidas especiais para combatê-la. Com esse entendimento, a ministra da Saúde, Maria Julia Muñoz, rejeitou no fim de semana prolongar as férias escolares ou cancelar eventos públicos e acusou a oposição de ter motivos "políticos" para propor essas medidas.
Autoridades de saúde do Uruguai, Bolívia, Brasil, Chile e Paraguai foram convidadas nesta segunda-feira para uma reunião com o ministro da Saúde da Argentina na próxima quarta-feira para unificar estratégias contra a doença, que matou 94 pessoas e infectou 2.928 na Argentina, segundo o governo, o que faz do país o mais afetado pela doença na América do Sul.
No Cone Sul, o Chile é o segundo país mais afetado, com 25 mortes e 9.549 casos confirmados, seguido por Uruguai, com 11 mortes e 520 casos, Brasil, três mortes e 1.027 casos, Paraguai, três mortes e 500 casos, e Bolívia, com duas mortes, segundo os últimos relatórios oficiais.
Segundo os dados mais recentes da OMS, a pandemia de gripe suína atingiu, desde o início dos registros, 94.512 pessoas em mais de 120 países e causou a morte de 429 pessoas.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
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