Após reuniões no G8, OMC mostra otimismo com Rodada de Doha
"Não tínhamos visto nunca indicações tão precisas sobre o fim das negociações", afirmou Lamy em entrevista ao diário italiano Corriere della Sera. Na entrevista, ele destaca a importância do compromisso alcançado nessa quinta-feira pelo chamado fórum FEJ, formado pelo Grupo dos Oito (G8, os sete países mais desenvolvidos e a Rússia) e o G5 (Brasil, China, Índia, México e África do Sul), junto a Austrália, Coreia do Sul e Indonésia.
"O G20 falava sobre fechar as negociações sobre as modalidades. Para que nos entendêssemos, esse acordo representava uma penúltima etapa. O alcançado em L'Aquila é um claro passo adiante", destacou Lamy.
O diretor-geral da OMC assinalou que o avanço pode ser atribuído à "ameaça do protecionismo que todos temem". "Caso se observe o comunicado do G8, não existe nenhuma referência à data para o fechamento de Doha. Na declaração do G8 e do G5, esta sim já existe", lembrou Lamy.
Por outro lado, Lamy se declarou a favor do plano de 12 pontos adotados pelo G8 para tentar estabelecer padrões no mundo todo para a gestão da economia, que não deixem de lado o fator humano da crise.
"Todos os sistemas de governo coletivo devem se apoiar em princípios éticos e de comportamento", afirmou Lamu, que frisou que essas normas são "uma contribuição para a melhora da governabilidade global", disse ao periódico.
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