Preso pela PF, Adaildon obtém HC e já está em liberdade
O ex-comandante da Polícia Militar no governo Blairo Maggi, coronel Adaildon Evaristo de Moraes Costa, preso na última sexta (3) pela Polícia Federal durante a Operação Pluma, sob acusação de envolvimento em grilagem de terras da União, por meio de falsificação de documentos e ameaça física, já está em liberdade. Os advogados Anderson Nunes de Figueiredo e Antônio Edison de Figueiredo recorreram ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e conseguiram um habeas corpus junto ao desembargador Cândido Ribeiro na tarde desta quarta (8). Já o coronel Elierson Metello de Siqueira, ex-comandante regional da PM de Sinop e que vinha atuando na regional de Tangará da Serra, permanece detido no 4º Batalhão da Polícia Militar, em Várzea Grande.
A organização, que envolvia ainda outros oficiais da PM, utilizava meios criminosos para obter terras a baixo custo e, logo em seguida, revendê-las. Atuavam nos municípios do chamado "Vale do Araguaia", principalmente em Vila Rica, Santa Cruz do Xingu, Confresa, Porto Alegre do Norte, Ribeirão Cascalheira, Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia. A quadrilha agia de três formas: grilagem de terras e extração de insumos vegetais da área da reserva indígena Maraiwatsede; expulsão de assentados de áreas já destinadas à reforma agrária; e emitia títulos de domínio falsos. O grupo é acusado ainda de fazer pressão e extorquir produtores rurais da região. A quadrilha também promovia temor entre pequenos e médios fazendeiros, que eram pressionados para vender seus imóveis a preço bem inferior ao praticado no mercado. As áreas obtidas por meio da extorsão eram negociadas a preços de mercado. Só com uma fazenda obtida pelo esquema foi vendida por R$ 15 milhões. As investigações foram iniciadas pela própria PM, em parceria com o Ministério Público Estadual em 2002, e se estenderam até 2005, quando foi constatado que tratavam-se de terras griladas da União.
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